A Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas em Durban já vai a meio, mas os resultados das negociações são ainda incertos. O chefe da delegação chinesa, Xie Zhenhua, anunciou ontem (4) que na Conferêcia de Durban já se encontrou um consenso na maior parte das questões, e espera virem a ser aprofundados os progressos das conversações, mas existem ainda algumas divergências nos pontos em discussão.
Xie apontou que os principais assuntos na agenda de trabalho são o estabelecimento de um sistema que defina a desaceleração, adaptação, tranferência de capitais e tecnologia e da transparência, com base na Convenção-Quadro das Nações Unidas para as Mudanças Climáticas. Estes aspectos foram já discutidos com sucesso, mas ainda não há um acordo claro no que diz respeito à reformulação do Protocolo de Kyoto e do Fundo Climático. Os países em desenvolvimento pedem que os desenvolvidos prometam reduzir a emissão de gases do efeito de estufa e lançar o fundo climático. Os paises desenvolvidos respondem de forma negativa a estas exigências.
Xie reforçou, ainda, que o governo chinês está disposto a colaborar com outras delegações para promover o sucesso. A China aceitará discutir a redução das suas emissões depois de 2020, após analisar a execução da 1ª versão do Protocolo de Kyoto.
Além disso, a China começou no último domingo (4) uma série de atividades para mostrar os esforços do país no sentido de alcançar um desenvolvimento sustentável, com baixas emissões de carbono, o financiamento climático, através do desenvolvimento da capacidade de adaptação das empresas, além de promoção de fóruns, coletivas de imprensa, seminários e exposições.
Tradução: Lucas Xu
Revisão: Miguel Torres