"Quero dizer que a exportação da China não é tão grande como algumas pessoas a consideram. As grandes cifras da exportação chinesa incluem ainda o valor agregado em outros países antes da montagem dos produtos na China", analisou o especialista.
Segundo ele, as atuais estatísticas de comércio internacional não refletem o verdadeiro valor agregado dos produtos que são projetados, fabricados e montados em mais de um país. Muitos produtos montados na China e a seguir vendidos nos Estados Unidos são registrados como exportações da China, de acordo com o conceito de país de origem para produtos fabricados, atualmente empregado na medida de comércio.
Segundo a explicação do europeu, a teoria segue o método convencional de determinar a origem de um produto pelo país onde é finalizado e todo o valor desse produto é atribuído a este último país.
No entender dele, o iPhone da Apple é um bom exemplo. O iPhone, que recebe a etiqueta "Fabricado na China", deve contribuir com US$ 2 bilhões para o déficit comercial dos Estados Unidos. No entanto, apenas 1% do seu valor agregado vem da sua montagem final na China, enquanto o resto vai para outros países, inclusive os próprios Estados Unidos, onde o aparelho é projetado e vendido.
Caso o cálculo fosse feito com base no valor agregado, o desequilíbrio comercial entre a China e os Estados Unidos poderia ser bem diferente: os aparelhos iPhone trazem um superávit comercial no valor de US$ 48 milhões ao Tio Sam, disse Lee-Makiyama.
"O atual método de cálculo de comércio exagera nas exportações da China", disse ele, argumentando que o elevado registro da exportação chinesa inclui, de fato, contribuições dos trabalhadores, engenheiros, designers e motoristas norte-americanos.
(Agência Xinhua)