"O comércio de carbono nacional é uma tendência irresistível, e devemos lançá-lo cedo para ganhar espaço internacional", assinalou o professor Chen Deliang, diretor executivo do Conselho Internacional da Ciência (ISCU, na sigla em inglês), em um fórum internacional sobre a mudança climática realizada em Beijing.
"Em um curto período, tais políticas afetarão os lucros das indústrias locais de alta emissão", analisou Chen, ex-diretor de ciência do Centro Nacional de Clima.
"Mas isto estimula as empresas chinesas a diminuir sua dependência em combustíveis fósseis e a usar energias mais limpas", acrescentou.
A China prometeu reduzir suas emissões de carbono por unidade do Produto Interno Bruto (PIB) entre 40% e 45% até 2020, em comparação ao nível de 2005. O país cortou com êxito seu gasto energético em 15,6% entre 2006 e 2009.
Em seu trabalho mais recente de redução de emissões, a China anunciou o lançamento de seus programas de comércio de carbono nacional durante seu 12º plano quinquenal a partir de 2011.
No entanto, o governo ainda não divulgou um documento oficial que detalha o plano.
O primeiro negócio voluntário de carbono do país ocorreu em agosto, quando uma seguradora de automóveis em Shanghai comprou direitos de emissão de 8.026 toneladas de carbono, gerados por uma campanha verde durante as Olimpíadas de Beijing.
"A China e os outros países em desenvolvimento devem esforçar-se para conseguir um equilíbrio entre a redução de emissões e seus desenvolvimentos nacionais, pois ambas as metas são importantes", comentou Chen.
por Agência Xinhua