Quanto à promoção da recuperação econômica, Dai apontou que os países devem considerar tanto os próprios interesses quanto os alheios ao definir suas políticas. A prioridade é estimular o consumo e criar novos postos de emprego. Para ele também é necessária a abertura do mercado e mais rapidez no processo de negociações da rodada de Doha.
Falando sobre as reformas no sistema financeiro internacional, Dai afirmou que é preciso dar mais voz aos países em desenvolvimento, aperfeiçoar o sistema monetário internacional e manter estável a taxa cambial das principais moedas de reserva. Esta é a primeira vez que o governo chinês sugere, em ocasiões internacionais, suas posturas sobre a gestão econômica global.
Foi realizada no mesmo dia em L'Aquila a cúpula sobre segurança energética e mudanças climáticas dos países desenvolvidos. No seu discurso, Dai disse que o combate às mudanças climáticas deve considerar a fase de desenvolvimento, realidade e capacidade de cada país. O princípio de responsabilidade comum, mas diferenciada deve ser adotado como um padrão para as cooperações neste segmento. Para Dai, é impraticável e injusto exigir que os países em desenvolvimento assumam as mesmas responsabilidades das nações desenvolvidas na redução das emissões de gases poluentes. Em vez disso, é preciso promover pesquisas, transferência e compartilhamento de tecnologias favoráveis ao meio ambiente, além de garantir que todos os países, principalmente aqueles em desenvolvimento, tenham acesso a elas. Para finalizar, não se deve aplicar qualquer forma de protecionismo sob o pretexto de enfrentar as mudanças climáticas e reduzir as emissões de carbono.