Pesquisa CGTN: Brasil espera que relações China-Brasil ultrapassem o bilateral, beneficiando o Sul Global
Fonte: CMG Published: 2024-11-21 15:40:36

Mesmo as montanhas e os mares não distanciam pessoas com aspirações comuns. Durante a visita de Estado do presidente chinês, Xi Jinping, ao Brasil, a CGTN realizou uma enquete, por meio do Instituto Internacional de Pesquisa em Comunicação da Nova Era, em cooperação com o Centro de Estudos de Direito Econômico e Social (Cedes), com 1.106 entrevistados brasileiros. Os participantes acreditam que, de forma geral, as relações China-Brasil já transcenderam o âmbito bilateral. Para eles, a estreita coordenação e cooperação entre os dois países em plataformas multilaterais injetou mais ímpeto na salvaguarda dos interesses dos países do Sul Global e na construção de uma ordem internacional mais justa e razoável.

Este ano marca o 50º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas entre a China e o Brasil. Os dois países são bons amigos que compartilham a mesma visão e bons parceiros que progridem de mãos dadas. A pesquisa constatou que a maioria dos entrevistados brasileiros são favoráveis à China, com 91,6% considerando um país de sucesso e 84,5% afirmando que é um país digno de respeito. A sondagem apontou que 81,2% dos participantes acreditam que a China é um país atraente e 76,2% elogiam como um país importante e responsável. Além disso, os entrevistados avaliam positivamente as conquistas do desenvolvimento e os conceitos de modernização da China: 97,6% dos entrevistados acreditam que o país tem uma forte economia; 96,9% consideram que seu desenvolvimento econômico é rápido; 89,8% afirmam que seu desenvolvimento econômico manterá uma tendência positiva de longo prazo; 95,6% avaliam positivamente sua contribuição para a recuperação econômica mundial. A pesquisa mostrou ainda que 98,2% dos entrevistados acreditam que a força científica e tecnológica da China é forte; 92,9% consideram seu nível de inovação científica e tecnológica alto e de capacidade fortes, e 93,9% apontam que seu progresso científico e tecnológico fez contribuições notáveis para o desenvolvimento mundial.

Ao longo do último meio século, a China e o Brasil desenvolveram sua relação de forma constante e alcançaram resultados frutíferos na cooperação prática. A China é o principal parceiro comercial do Brasil há 15 anos consecutivos, e o Brasil é o maior parceiro comercial da China e o maior destino de investimento direto na América Latina, bem como o primeiro país latino-americano cujas exportações para a China ultrapassaram 100 bilhões de dólares. Na pesquisa, 86,7% dos entrevistados acreditam que o enorme mercado da China é uma importante oportunidade de desenvolvimento para o Brasil; 71% acreditam que as relações comerciais entre as duas nações são justas e mutuamente benéficas; 82,2% acreditam que o Brasil se beneficiou do comércio entre os dois países e esperam que ambos os lados trabalhem juntos para realizar os próximos "50 anos dourados" das relações bilaterais.

Há dez anos, foi no Brasil que o presidente chinês, Xi Jinping, propôs pela primeira vez a construção de uma comunidade China-América Latina com um futuro compartilhado, recebendo respostas amplamente positivas dos países latino-americanos e caribenhos. Nesta prática vívida da comunidade China-América Latina com um futuro compartilhado, a construção conjunta da Iniciativa Cinturão e Rota (ICR) trouxe oportunidades para os países latino-americanos. Na pesquisa, 74% dos entrevistados avaliam positivamente o impacto positivo da ICR no desenvolvimento econômico e social dos países da região; 71,3% apoiam a adesão do Brasil à ICR, e as três áreas de cooperação mais esperadas na ICR são construção de infraestrutura (68,4%), investimento, importações e exportações (61,9%) e comércio eletrônico transfronteiriço e comércio digital (54,1%). Vale ressaltar que, entre os entrevistados de 18 a 34 anos, 83,4% apoiam a participação do Brasil em projetos e programas de cooperação internacional iniciados pela China, e 93,7% estão otimistas em relação às relações China-América Latina.

A pesquisa foi aplicada com uma amostragem por cota baseada em idade, sexo e distribuição regional da população brasileira, abrangendo a impressão geral sobre a China, a cooperação econômica, as relações políticas e os intercâmbios culturais com a China, entre outros aspectos.