Na tarde desta segunda-feira (18), o presidente chinês, Xi Jinping, compareceu à Segunda Sessão da 19ª Cúpula do G20 sobre Reforma das Instituições de Governança Global e proferiu um discurso importante.
O líder chinês apontou que a Cúpula do G20 já percorreu um caminho de 16 anos. Ao longo dos anos, os países membros enfrentaram juntos a crise financeira internacional, promoveram a cooperação global em economia, finanças e comércio, e conduziram a economia mundial para a recuperação. Todos trabalharam em unidade para enfrentar desafios globais, responder às mudanças climáticas, combater à pandemia de Covid-19, liderando transformações tecnológicas e atribuindo ao G20 novas responsabilidades e missões. Também colaboraram para aprimorar a governança global, fortalecer a coordenação das políticas macroeconômicas e promover reformas nas instituições financeiras internacionais, orientando a cooperação global com base nos princípios de consulta equitativa e benefício recíproco.
Neste novo ponto de partida, o G20 deve olhar para o futuro e continuar a ser uma força para aprimorar a governança global e impulsionar o progresso histórico. “Devemos aderir ao conceito de construir uma comunidade com um futuro compartilhado para a humanidade, encarando o desenvolvimento de cada um como uma oportunidade, e não como um desafio, e tratando uns aos outros como parceiros, e não como adversários”, disse o líder chinês. Combinando as funções do G20, é necessário reunir consensos internacionais em áreas como economia, finanças, comércio, digitalização e meio ambiente e aperfeiçoar a governança global, além de promover um mundo multipolar igualitário e ordenado e uma globalização econômica universalmente benéfica e inclusiva.
Primeiro, é importante melhorar a governança econômica global e desenvolver uma economia mundial colaborativa. Atualmente é importante fortalecer as parcerias econômicas globais e reforçar a coordenação macropolítica nas reformas fiscais, financeiras, monetárias e estruturais.
Segundo, os diversos países devem melhorar a governança financeira global e desenvolver uma economia mundial estável. É importante aumentar a representatividade e a voz dos países em desenvolvimento, promover a revisão da estrutura acionária do Banco Mundial e ajustar as cotas do Fundo Monetário Internacional (FMI) de acordo com os cronogramas e roteiros acordados. É essencial melhorar os sistemas de monitoramento, alerta e gestão de riscos financeiros, fortalecer a cooperação em áreas como moedas digitais e tributação e consolidar a rede de segurança financeira global.
Terceiro, o G20 precisa promover o aprimoramento da governança comercial global e desenvolver uma economia mundial aberta. É necessário colocar o desenvolvimento no centro da agenda econômica e comercial internacional, promovendo continuamente a liberalização e a facilitação do comércio e do investimento. Todos devem trabalhar juntos para impulsionar a reforma da Organização Mundial do Comércio (OMC) e rejeitar o unilateralismo e o protecionismo.
Quarto, é importante melhorar a governança digital global e desenvolver uma economia mundial inovadora. Todos devem fortalecer a governança e a cooperação internacional em inteligência artificial (IA), garantindo que ela beneficie toda a humanidade e evitando que se torne um "jogo dos ricos".
Quinto, o G20 deve promover a melhoria da governança ecológica global e desenvolver economia mundial amigável ao meio ambiente. Os países desenvolvidos precisam fornecer aos países em desenvolvimento o apoio necessário em financiamento, tecnologia e capacitação. É essencial garantir uma substituição estável e ordenada da energia tradicional por energia limpa, acelerando a transição da economia global para um modelo verde e de baixo carbono.
Tradução: Zhao Yan