Principais empresas automobilísticas na Europa discordam de imposto contra veículos chineses
Fonte: CMG Published: 2024-11-01 11:15:32

Vários empresários e representantes dos principais produtores automobilísticos da Europa manifestaram oposição à decisão final da União Europeia (UE) de impor um imposto compensatório por cinco anos aos veículos chineses, já em vigor.

A repercussão na Alemanha indicou a preocupação com o impacto negativo às cooperações econômicas e comerciais com a China, que pode retardar a transformação da própria indústria automobilística do continente e dificultar a transição energética verde.

O chefe do departamento internacional da Associação de Fornecedores Automotivos de Berlim Brandemburgo, Michael Bose, explicou que, além de agravar as disputas comerciais, o imposto prejudicará o livre comércio global. Ele apontou que a Europa sozinha é incapaz de resolver os problemas estratégicos e estruturais enfrentados pela indústria automobilística. Por outro lado, a decisão da UE afetará certamente a promoção dos veículos elétricos na Alemanha e na Europa, ameaçando a concretização dos objetivos de redução das emissões de carbono. 

De ponto de vista dos consumidores, a imposição de tarifas adicionais significa um aumento no preço dos automóveis e a limitação nas escolhas de compra. Um gerente de uma concessionária alemã afirmou que a solução para manter a competitividade reside em desenvolver melhores carros para defender as vantagens da Alemanha como potência industrial, em vez de colocar tarifas. 

Michael Bose endureceu a mesma visão dizendo que o reforço da cooperação com a China pode trazer mais oportunidades. Ele destacou ainda que deve buscar o diálogo para que estas tarifas sejam eventualmente levantadas. 

O ministro das Relações Exteriores da Hungria, Peter Szijjarto, escreveu ontem (31) em uma rede social que a Comissão Europeia ignorou as opiniões de alguns membros do bloco e de grandes empresas de automóveis. Ele criticou que “a imposição de tarifas às empresas chinesas de veículos elétricos mais uma vez desferiu um duro golpe na competitividade do continente europeu”.

Tradição: Isabel Shi

Revisão: Diego Goulart