Há pouco tempo, o navio Lion City, transportando 1.738 contêineres de mercadorias, partiu do terminal Haitian de Xiamen, na China, com destino a Durban, na África do Sul. Desde a inauguração da rota em 2014, já foram realizadas um total de 458 navegações, exportando e importando 29,2 bilhões de yuans em mercadorias, sendo um exemplo da cooperação pragmática entre os países do Brics.
De hoje (22) à quinta-feira, a 16ª cúpula do Brics será realizada em Kazan, na Rússia. Esta será a primeira edição desde que o grupo alcançou uma expansão histórica. Líderes de mais de 30 países e organizações internacionais discutirão planos de cooperação e desenvolvimento. Ao mesmo tempo, mais de 30 países, incluindo Tailândia, Cuba, Síria e Bielorrússia, expressaram o desejo de aderir ao grupo. Na atual situação internacional complexa, por que um Brics ampliado pode alcançar maiores feitos?
Atualmente, o mundo enfrenta mudanças profundas nunca vistas há um século. Por um lado, a globalização encontrou contracorrentes. Para fins geopolíticos, alguns países querem conter e suprimir as nações emergentes e aquelas em desenvolvimento. Por outro lado, a ascensão do Sul Global tornou-se uma tendência irreversível de nossos tempos. Neste contexto, o mecanismo de cooperação do Brics, como uma plataforma importante para o Sul Global discutir a cooperação em busca do desenvolvimento comum, tornou-se mais valioso.
Ao mesmo tempo, o mecanismo de cooperação do grupo corresponde às aspirações dos países em desenvolvimento de alcançar o progresso comum. No momento, a recuperação econômica mundial é lenta, o desenvolvimento global está desequilibrado e o défice de desenvolvimento segue aumentando. Os países do Brics sempre aderiram ao sistema comercial multilateral, mantendo eficazmente a estabilidade das cadeias industriais e de abastecimento globais. Em janeiro de 2024, após a adesão oficial da Arábia Saudita, do Egito, dos Emirados Árabes Unidos, do Irã e da Etiópia, a soma das populações dos países membros representará quase metade da população mundial, e a sua contribuição para o crescimento econômico global deve ultrapassar 50%.
O mecanismo de cooperação do Brics também proporciona oportunidades para diferentes nações participarem na governança global. No contexto da ascensão da mentalidade de Guerra Fria e do unilateralismo, os membros do grupo defendem os propósitos e princípios da Carta das Nações Unidas, além de se comprometerem em resolver questões internacionais e regionais por meios políticos, o que é em linha com a tendência da paz e do desenvolvimento mundial.
Espera-se que, com os esforços da China e de outros membros do grupo, a 16ª cúpula injete mais estabilidade e força no nosso mundo turbulento e promova mais a unidade e o reforço do Sul Global.
Tradução: Inês Zhu
Revisão: Diego Goulart