O membro do Birô Político do Comitê Central do Partido Comunista da China e ministro das Relações Exteriores, Wang Yi, participou hoje (26) do encontro dos chanceleres do Brics, na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque. O ministro das Relações Exteriores brasileiro, Mauro Vieira, presidiu a reunião.

Na ocasião, Wang Yi afirmou que a situação internacional segue complicada e se caracteriza pela desordem, desaceleração do crescimento, desequilíbrio do desenvolvimento e ineficiência da governança. Como importantes membros do Sul Global, os países do Brics devem manter a aspiração de que “aprimorar o autodesenvolvimento é favorável tanto para si quanto para os outros, visando alcançar um desenvolvimento e progresso comuns”, no intuito de contribuir para uma multipolaridade mundial equitativa e ordenada e uma globalização econômica inclusiva.

Segundo o chanceler chinês, a segurança comum é necessária para concretizar uma paz duradoura. Os seres humanos constituem uma comunidade inseparável. Nenhum país tem o direito de manipular a agenda global de segurança e interferir na segurança de outros países em benefício próprio.

É fundamental priorizar e resolver as dificuldades no que cerne o desenvolvimento, que é uma eterna temática para a humanidade. O Brics deve aproveitar suas próprias vantagens para colocar as questões de desenvolvimento como foco do trabalho das Nações Unidas, prestar atenção às dificuldades reais dos países em desenvolvimento, bem como exortar os países desenvolvidos a cumprirem efetivamente seus compromissos, a fim de injetar mais dinamismo para executar a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.

É preciso praticar o multilateralismo e melhorar a governança global. Os países-membros do Brics têm que salvaguardar o sistema internacional com a ONU como núcleo e defender os propósitos e princípios da Carta das Nações Unidas, assim como se opor ao princípio de “ficar juntos se a condição for favorável, separar-se se não for”. Aproveitando a oportunidade de implementar os resultados alcançados na Cúpula do Futuro, os integrantes da entidade necessitam levar adiante a reforma da estrutura financeira internacional, apoiar os países do Sul Global a participar plenamente da tomada de decisões e do estabelecimento de medidas e regras sobre a gestão da economia internacional, de modo a ter mais voz e uma maior representatividade.

Traudução: Virgília Han

Revisão: Denise Melo