Na terça-feira (24), o conselheiro do Birô Político do Comitê Central do Partido Comunista da China (PCCh) e ministro das Relações Exteriores, Wang Yi, participou de uma reunião de alto nível sobre a questão ucraniana do Conselho de Segurança (CS) na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque.
O diploma chinês apontou que a crise ucraniana já dura três anos e ainda há um longo caminho para a paz devido ao alastramento incessante dos conflitos e a contínua incidência de mortes e violência contra civis. Para ele, a situação deve cessar e é preciso esforço máximo para tal objetivo. Segundo o chanceler chinês, todos os lados envolvidos devem considerar como prioridade a paz e a vida da população e se empenhar com ações concretas na promoção de reconciliação e de negociações de paz. “Sobre a questão ucraniana, o CS deve agir como mediador de divergências e confrontos, promotor na busca de um consenso, defensor da segurança comum e construtor da paz duradoura”, pontuou Wang Yi.
O chanceler apresentou uma proposta em três aspectos. O primeiro, a necessidade de elevar o senso de urgência no alívio das tensões. Em particular, não devem ser usadas armas de destruição em massa, não devem ser autorizados ataques contra instalações nucleares para fins de paz e não devem ser permitidos ataques contra civis e instalações não militares.
O segundo, a necessidade de reforçar o senso de responsabilidade para promoção da reconciliação e do diálogo. Recentemente, os apelos para promover as negociações de paz na comunidade internacional se intensificaram e cada vez mais países do “Sul Global” estão se unindo para impulsionar o processo pacífico. A comunidade internacional deve agarrar esta oportunidade e reunir todas as forças para promover diálogos de paz.
O terceiro, a necessidade de reforçar o senso de urgência para o controle do alastramento da crise. Devido à escalada da crise ucraniana, as nações do “Sul Global” têm sofrido com os impactos causados pelo agravamento da economia global. A China apela à comunidade internacional que fortaleça as cooperações nas áreas energética, financeira, de segurança alimentar e na proteção de infraestruturas-chave, a fim de manter a estabilidade das cadeias globais industriais e de suprimentos, além de defender os direitos e interesses legítimos dos países em desenvolvimento.
Wang Yi ressaltou que a China não é autora da crise ucraniana nem participante dela. O governo chinês sempre é favorável à paz e vem conversando com as partes envolvidas na questão, assumindo sua devida responsabilidade para atingir consensos e buscar uma resolução política para a crise. O chanceler chinês considera irresponsável qualquer ação de culpar a China ou difamá-la acerca da questão ucraniana, acrescentando que tal conduta está fadada ao fracasso.
Tradução: Xie Haitian
Revisão: Denise Melo