Cientistas chineses usaram um ímã resistivo desenvolvido de forma independente neste domingo para produzir um campo magnético constante de 42,02 tesla, equivalente a mais de 800 mil vezes o campo magnético da Terra, quebrando um recorde mundial estabelecido pelos Estados Unidos neste campo em 2017.

Espera-se que a conquista histórica feita pelo Laboratório de Alto Campo Magnético dos Institutos de Ciências Físicas de Hefei, sob a Academia Chinesa de Ciências (CHMFL, em inglês), impulsione descobertas científicas e aplicações em uma ampla gama de campos tecnológicos.

O campo magnético alto e constante é uma condição experimental extrema, servindo como uma ferramenta poderosa para a pesquisa científica. No ambiente experimental de um campo magnético alto, as propriedades da matéria podem ser manipuladas, o que é propício para os cientistas descobrirem novos fenômenos e explorarem novas leis da matéria, explicaram os especialistas.

Campos magnéticos elevados também podem estimular aplicações, como metalurgia eletromagnética e síntese de reações químicas, especialmente a utilização generalizada da tecnologia de ressonância magnética nuclear na ciência médica.

Devido ao seu valor significativo em vários campos, como física, química, ciência dos materiais e ciências da vida, o campo magnético alto e constante é conhecido como o "berço" dos Prêmios Nobel.

A nova conquista resulta de quase quatro anos de esforços da equipe de pesquisa, que envolveram a inovação de estruturas magnéticas e a otimização dos processos de fabricação, disse Kuang Guangli, diretor acadêmico do CHMFL.

Kuang disse que esse avanço pode atender às necessidades dos usuários por um campo magnético alto, rápido e regulado, fornecer aos cientistas condições experimentais poderosas e estabelecer uma base tecnológica fundamental para a construção de ímãs estáveis de campo superior na China.