A 1ª Reunião de Mesa Redonda China-Estados da América Latina e do Caribe sobre Direitos Humanos foi realizada nesta terça-feira (10) no Rio de Janeiro, Brasil. Este foi o primeiro simpósio sobre os direitos humanos realizado entre a China e a região da América Latina e Caribe.
O evento contou com a participação de mais de 120 representantes do setor político, acadêmico e jurídico dos 17 países, incluindo China, Brasil, Argentina, Bahamas, Bolívia, Chile, Cuba, Dominica, Equador, Granada, México, Panamá, Paraguai, Peru, Trinidad e Tobago, Uruguai e Venezuela.
O presidente da Sociedade Chinesa de Estudos de Direitos Humanos, O Baimachilin aplaudiu a integração das civilizações humanas nos tempos de hoje, apontando que à medida da construção de comunidade com um futuro compartilhado entre a China e a América Latina e Caribe, os dois lados se tornam mais consistentes em termos de conceitos de direitos humanos e os caminhos da realização dos direitos humanos que eles tomaram têm características próprias.
Baimachilin introduziu que desde o 18º Congresso Nacional do Partido Comunista da China, o país tem persistido no respeito e proteção dos direitos humanos como uma importante tarefa de governança e a causa dos direitos humanos da China alcançou conquistas históricas. Ele sugeriu que a China e os países latino-americanos e caribenhos adiram a um conceito comum de segurança, a um conceito de desenvolvimento partilhado e a um conceito de civilização simbiótica, trabalhem em conjunto para explorar um caminho de direitos humanos universalmente benéfico e respeitem e defendam diversos conceitos de direitos humanos.
O ex-secretário de Justiça do Brasil e ex-secretário executivo da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, Paulo Abrão, destacou em seu discurso principal que nem todos os países do mundo alcançaram a representatividade e natureza política dos direitos humanos quando se fala a implementação internacional dos direitos humanos. Observou que as questões de direitos humanos estão ocorrendo em todo o mundo, especialmente nos países ocidentais. Ele enfatizou que a comunidade internacional deve es esforçar para criar um sistema de proteção dos direitos humanos mais independente para garantir a implementação de direitos humanos, particularmente os direitos de desenvolvimento e direitos ecológicos dos demais países.
O presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Marcio Pochmann, afirmou que os direitos humanos não podem ter apenas um padrão. Por conta dos diferentes níveis de desenvolvimento, os países enfrentam diferentes questões relacionadas aos direitos humanos.
Pochmann frisou que a China já conseguiu resultados notáveis no desenvolvimento econômico e na erradicação da pobreza, e que o Brasil está tomando medidas ativas para acabar com a fome. Os dois países podem reforçar colaborações neste sentido para promover os direitos humanos.
Tradução: Isabel Shi
Revisão: Denise Melo