É possível plantar grama e criar gado em um deserto? Acompanhe essa viagem. Partindo do distrito de Dengkou da cidade de Bayannur, na Região Autônoma da Mongólia Interior, no norte da China, você percorre uma estrada que atravessa o deserto de Ulan Buh. Pelo caminho, o viajante verá apenas dunas intermináveis e vegetação esparsa. Ao chegar na base de pastagens de Shengmu, a paisagem se abre, revelando um verdadeiro oásis no deserto, surpreendendo qualquer visitante.

A cidade de Bayannur está situada na curva do caracter chinês “几” do Rio Amarelo e tem elementos ecológicos completos, incluindo montanhas, águas, florestas, campos, lagos, pastagens e desertos. Ela está localizada em uma área ecológica chave e na faixa de proteção contra desertificação no norte do país, sendo uma barreira importante para impedir que as tempestades de areia do noroeste da China sigam em direção ao leste e ao sul, tendo, portanto, uma importância ecológica significativa.

Fundada em 2010, a China Shengmu é uma grande empresa agrícola e pecuária de alta tecnologia, focada principalmente no cultivo de ração. Combinando a transformação do deserto de Ulan Buh, a companhia cultiva forragens orgânicas, como milho, alfafa e aveia, além de produtos agrícolas orgânicos, incluindo alcaçuz, milho doce e abóbora.

Partindo da base de pastagens, não muito longe está a próxima etapa da cadeia de produção orgânica: a criação de gado. Fileiras de estábulos estão organizadas de forma ordenada, abrigando milhares de vacas leiteiras que vivem confortavelmente, produzindo leite orgânico de alta qualidade. Com o cultivo de plantas para controle da desertificação e da forragem para alimentar o gado, o esterco das vacas é convertido em fertilizante orgânico, que retorna ao solo. Com a ampliação da escala da criação, a área de cultivo também é expandida, formando um sistema completo da indústria de controle de desertificação ecológica e orgânica.

Em mais de uma década, a China Shengmu plantou mais de 97 milhões de árvores adaptadas ao deserto no coração do deserto de Ulan Buh, reflorestando uma área de mais de 200 quilômetros quadrados, transformando o deserto inóspito em um “jardim verde”. A empresa também estabeleceu uma rede de infraestrutura completa, com estradas, eletricidade, água e internet. Além disso, por meio de um modelo de colaboração de serviços, muitos agricultores e pastores locais foram empregados em atividades como nivelamento do solo, fertilização, irrigação e colheita, o que resolveu a questão do trabalho para várias famílias e ajudando-as a aumentar suas rendas.

Edição e tradução: Zhao Yan

Revisão: Diego Goulart