Após tomar o poder de Shang, Zhou canonizou a noção de Mandato do Céu, que se constituiu na principal doutrina de legitimação chinesa. Todavia, na segunda metade dessa dinastia, a ideia de Mandato entraria em crise, sendo ignorada pela Arte da Guerra. Começamos a explicar por que isso ocorreu, elucidando primeiro como Zhou via o Mandato. Escolhemos três referências clássicas do início da dinastia para mostrar que o Mandato, concedido a um clã pelo Céu, era sacramentado por rituais religiosos e comprovado pela lidimidade moral do governante, ao mesmo tempo em que pragmaticamente se exigiam realizações políticas do mesmo. A guerra era tacitamente admitida como recurso excepcional, justificado pelo bem maior visado.
Referências básicas:
Clássico dos documentos, Documentos de Zhou, rolo 13, “Documento IX: A Proclamação Magna”
《尚书正义·周书》卷第十三《大诰第九》
Clássico dos poemas, Parte II: as Odes ortodoxas, rolo 16, “Odes Magnas, Dez odes do rei Wen, Ode I: Rei Wen”
《毛诗正义·大雅》卷第十六《文王之什·文王第一》
Clássico das mutações, Parte II do Clássico, 5º rolo, hexagrama 49, Ge (Mudança)
《周易正义·下经》卷第五《革卦第四十九》