A pedido do Irã, China, Argélia e Rússia, o Conselho de Segurança das Nações Unidas realizou ontem (31 de julho) à tarde uma reunião de emergência sobre o assassinato do líder do Hamas, Ismail Haniyeh.
O representante permanente da China nas Nações Unidas, Fu Cong, afirmou que a China se opõe firmemente e condena veementemente o assassinato, que constitui uma violação flagrante dos esforços pela paz e uma violação desenfreada do princípio básico da Carta das Nações Unidas, ou seja, o respeito pela soberania e integridade territorial de todos os países.
“A China está profundamente preocupada com que este incidente possa levar a uma maior instabilidade na região”, disse o diplomata chinês.
Fu Cong destacou que o conflito em Gaza já dura 300 dias, causando quase 40 mil mortes e um desastre humanitário sem precedentes. Mais de dois meses se passaram desde a adoção da Resolução 2735 do Conselho de Segurança, mas as negociações sobre um acordo de cessar-fogo não progrediram. Ao mesmo tempo, os efeitos colaterais do conflito estão se agravando, com alertas frequentes no Líbano, na Síria e no Mar Vermelho. A situação no Médio Oriente é extremamente perigosa e preocupante.
Fu Cong enfatizou que, face à dura realidade, as partes envolvidas devem responder ao apelo da comunidade internacional para um cessar-fogo e o fim da guerra, implementar plenamente a resolução do Conselho de Segurança, cooperar ativamente e apoiar os esforços de mediação internacional, além de tomar medidas práticas para acalmar a situação e restaurar a paz e a tranquilidade regionais.
“A China expressa forte oposição e condenação a uma série de recentes ações irresponsáveis, incluindo o ataque de Israel ao sul de Beirute. Os meios militares e o uso excessivo da força não são a solução para o problema e só levarão a crises maiores”, concluiu Fu Cong.
Tradução: Inês Zhu
Revisão: Denise Melo