O chamado “compartilhamento nuclear” pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) viola o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares e constitui, em sua essência, a proliferação nuclear de forma específica, disse a porta-voz da chancelaria chinesa, Mao Ning, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (26) em Beijing.   

O Tratado de Não Proliferação proíbe expressamente a transferência direta ou indireta de armas nucleares e o direito de controlá-las. 

Os Estados Unidos mantêm arsenal em países da OTAN sem armas nucleares e permitem que aviões de guerra desses países transportem e lancem armamentos, o que afronta determinações do tratado e representa obviamente um ato de proliferação nuclear. 

A conduta estadunidense dificulta o processo de controle das armas, aumenta o risco de um eventual conflito nuclear e prejudica a estabilidade estratégica global, disse Mao Ning. 

Segundo a porta-voz, a China defende firmemente o sistema internacional de desarmamento e não proliferação nuclear, que tem como base o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares. O país pede às nações concernentes que abandonem a mentalidade da Guerra Fria e do jogo de soma zero, anulem o plano de “compartilhamento nuclear”, retirem os arsenais instalados na Europa e não repitam, de forma alguma, o plano de “compartilhamento nuclear” na Ásia-Pacífico.