Residentes permanentes não chineses de Macau começam a solicitar licenças de viagem para parte continental
Fonte: Xinhua Published: 2024-07-12 10:45:40

Os residentes permanentes não chineses da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) começaram a solicitar licenças de viagem para a parte continental nesta quarta-feira, tendo já submetido os documentos online com antecedência.

As autoridades de imigração da China anunciaram em 1º de julho que, a partir de 10 de julho de 2024, os residentes permanentes não chineses da Região Administrativa Especial de Hong Kong (RAEHK) e da RAEM poderão solicitar autorizações especiais de viagem para entrar na parte continental.

De acordo com a Administração Nacional de Imigração, os portadores de licenças podem entrar por várias vezes na parte continental dentro de um período de validade de cinco anos, sendo que cada estadia não pode exceder 90 dias.

Anthony Cheang, um cidadão canadense que obteve sua residência permanente em Macau há cerca de 10 anos, estava entre os primeiros solicitantes. Ele disse à Xinhua que todo o processo foi tranquilo e "levou apenas cerca de 10 minutos".

Como piloto de avião, Cheang acredita que a nova política abre oportunidades para que ele trabalhe na parte continental da China.

Como advogada de nacionalidade portuguesa, Amélia António vive em Macau há 42 anos. Ela estava animada para solicitar a licença de viagem porque achava que isso lhe permitiria ter mais contato com a parte continental. "Podemos explicar melhor aos nossos amigos o que vemos e as diferenças nos cenários", disse ela à Xinhua.

Chen Jiemei, vice-gerente geral executiva do centro de autorizações de viagem da China Travel Service (Macau) Ltd., que lida com os pedidos, observou que, para melhor apoiar a nova política, a empresa contratou funcionários que falam português e inglês e montou quatro balcões especiais.

Ela disse que essa política facilita a entrada de residentes não chineses de Macau no continente para fins de investimentos, visitas familiares, passeios turísticos ou viagens de negócios. "Isso contribuirá para o desenvolvimento moderadamente diversificado da economia de Macau", disse Chen.