Em 11 de julho de 2024, o membro do Birô Político do Comitê Central do Partido Comunista da China (PCCh) e ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, conversou por telefone com o novo ministro das Relações Exteriores da Holanda, Caspar Veldkamp.

Segundo o diplomata chinês, a China está disposta a fortalecer a cooperação com a Holanda para proteger conjuntamente a estabilidade das cadeias industriais e de suprimentos globais. Graças à orientação dos líderes dos dois países e aos esforços de ambos os lados, a parceria aberta e pragmática para a cooperação abrangente entre a China e a Holanda vem se desenvolvendo de forma constante, trazendo benefícios tangíveis para os dois povos e contribuindo para a paz e os desenvolvimentos regional e mundial.

A China atribui grande importância às suas relações com a Holanda e está pronta para estabelecer um contato estreito com o novo governo holandês e realizar um diálogo abrangente para melhorar o entendimento mútuo, acrescentou Wang Yi.

O ministro reiterou que a China apoia o processo de integração europeia, o desenvolvimento e o crescimento da União Europeia (UE) e sua adesão à independência estratégica. Ele acredita que a Holanda incentivará o lado europeu a ver a China de forma objetiva e racional e desempenhará um papel construtivo na manutenção do desenvolvimento sólido e estável das relações China-Europa, completou.

Wang Yi frisou que seu país não aceita absolutamente as acusações infundadas feitas na recente cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) em Washington contra a China. A China tem sistemas políticos e valores diferentes dos países da OTAN, mas isso não deve ser usado como motivo para a organização incitar o confronto com a China, disse Wang Yi. O certo a se fazer é fortalecer o diálogo, aumentar a compreensão, construir uma confiança mútua básica e evitar erros de cálculo estratégicos, pontuou.

A OTAN deve permanecer dentro de seus limites e abster-se de interferir nos assuntos da Ásia-Pacífico ou nos assuntos internos da China e de desafiar os direitos e interesses legítimos chineses, disse.

Por sua vez, Veldkamp observou que o atual relacionamento entre a China e a Holanda é forte e robusto. Ele disse que a China é uma importante potência global e o principal parceiro econômico e comercial da Holanda na Ásia, e ambos os lados devem e podem se envolver em uma cooperação mutuamente benéfica em uma ampla gama de questões bilaterais e multilaterais.

Em face da turbulenta situação internacional, o lado holandês não apoia a "dissociação" da China e está disposto a manter a comunicação com o país asiático para desenvolver relações sino-holandesas práticas, destacou Veldkamp. O relacionamento entre a UE e a China é crucial, afirmou, e as diferenças não devem impedir a cooperação. A Holanda apoia o desenvolvimento de laços construtivos entre a UE e a China em benefício das pessoas em todo o mundo, acrescentou.

A OTAN está comprometida em salvaguardar a segurança de seus Estados-Membros e sempre será uma organização defensiva, concluiu o ministro das Relações Exteriores da Holanda.

Os dois lados também trocaram opiniões sobre questões internacionais e regionais de interesse comum.