Com as eleições à porta, como estão os Estados Unidos?
Fonte: Yi Fan Published: 2024-06-27 15:59:14

A campanha eleitoral dos Estados Unidos está bem acirrada, no entanto, como estão os Estados Unidos,sobretudo o que sente o seu povo?

I. Infelicidade econômica

O governo dos Estados Unidos proclama “forte crescimento do emprego” e “significativo arrefecimento da inflação”, mas o povo está sobrecarregado.

As políticas fiscais irresponsáveis levaram a uma inflação mais alta em 4 décadas, com aumento de respectivamente 33,7% e 18,7% de preços dos alimentos e de custos de habitação em três anos.

A disparidade entre ricos e pobres atingiu o maior nível desde 1929, com 1% das famílias detendo 26,5% do patrimônio líquido de todos os agregados familiares do país; o número de pessoas sem abrigo ultrapassou 650 mil, um novo recorde desde 2007.

Ao invés de envidar esforços para aumentar a produtividade ou promover crescimento econômico, o governo dos Estados Unidos optou por praticar protecionismo e lançar guerra tarifária, fazendo com que o povo arcasse com o custo da alta do preço de importação.

II. Falta de pertencimento cultural

É alegado que todos são iguais nos Estados Unidos, mas o país está longe de ser um caldeirão de nações, com uma “supremacia branca” cada vez mais feroz.

Segundo as estatísticas, nos Estados Unidos, a proporção de riqueza das famílias dos latinos, os afro-americanos, e os brancos é de 23:24:100, e a ocorrência de discriminação no emprego, salário ou promoção dos três grupos supracitados é de 20%:41%:8%. Os afro-americanos têm três vezes mais chance de serem mortos pela polícia e 4,5 vezes mais chance de serem encarcerados do que os brancos.

A mais assustador é o fato de que a teoria da Grande Substituição Racial—a qual declara que “os brancos serão substituídos por pessoas não brancas e em fim sofrerão um genocídio”—incita maior discriminação, ódio e crimes racistas. Porém, o governo dos Estados Unidos nunca tomou medidas eficazes para enfrentar. Uma pesquisa da Pew mostra que 44% dos latinos e 51% dos afro-americanos têm uma visão pessimista da capacidade dos Estados Unidos de alcançar a igualdade racial.

III. Insegurança Socials primeiros 120 no ranking mundial de índice de segura

Por muitos anos, os Estados Unidos ficam fora donça. Sua taxa de criminalidade violenta é a mais elevada entre os países desenvolvidos, o que é incompatível com a sua posição como país rico.

O maior “tempero americano” é o crime violento com armas, com uma média de mais de 10 crimes ocorrendo por semana. O controle de armas tem sido difícil para os Estados Unidos e, nenhum dos mais de 100 projetos de lei sobre o tema propostos no Congresso foi aprovado desde 2011.

O abuso de drogas também é uma outra grande fonte de crime nos Estados Unidos. Dados mostram que o número de viciados no país representa cerca de 12% do mundo. Mais de 100 mil pessoas morreram por consumo excessivo de drogas no ano passado, sendo que os jovens são a faixa etária que mais cresce em termos de número de mortes pelo consumo excessivo de drogas. A adicção afeta seriamente a segurança social e causa vários problemas sociais complexos.

IV. Perda de honra a nível internacional

Os Estados Unidos se orgulham de ser o maior potencial no mundo desde há longo tempo, mas o seu apelo vem decaindo. Nesse mundo multipolar, o país tem um PIB inferior a um quarto do global, não consegue posição dominante em áreas emergentes como 5G e novas energias, e a sua voz e projeção global se vem enfraquecendo. De acordo com uma pesquisa recente de Gallup, apenas 33% das pessoas estão satisfeitas com a posição global do seu país, taxa mais baixa nos últimos sete anos, enquanto o orgulho nacional dos jovens também se esgotou.

Durante muito tempo, os Estados Unidos abusam das forças, poderes e sanções, violando constantemente as regras internacionais e se tornando um obstáculo à paz e ao desenvolvimento do mundo. Diante da crise na Ucrânia, o governo dos Estados Unidos acirra as tensões, sufocando repetidamente as oportunidades de paz. Face ao conflito palestino–israelense, os Estados Unidos favorecem Israel e está longe de ter uma posição objetiva ou imparcial, provocando descontentamento público dentro e fora do país. As pessoas norte-americanas saíram às ruas para protestar, mas foram atingidos com balas de borracha, e não conseguiram impedir o complexo militar-industrial do seu país de correr para mais guerras.

Afinal, pergunto aos políticos dos Estados Unidos: Ousam focar em desenvolver o seu país e melhorar a vida do seu povo? Ousam não desviar a atenção do público com a fabricada narrativa de “interferência da China nas eleições presidenciais”?

(O autor é observador de assuntos internacionais baseado em Beijing.)