O primeiro-ministro chinês, Li Qiang, realizou uma visita oficial à Austrália entre os dias 15 e 18 deste mês.
A viagem foi muito frutífera. Os dois países lançaram a Declaração Conjunta sobre os Resultados do Encontro Anual dos Primeiros-ministros e alcançaram acordos de cooperação econômica, comercial e cultural, entre outros setores, como o diálogo econômico estratégico, a aplicação do acordo de livre comércio, a proteção das pandas gigantes e a isenção unilateral de visto da China para a Austrália.
Este ano marca o 10º aniversário do estabelecimento da parceria estratégica abrangente China-Austrália. No entanto, os dois governos australianos anteriores seguiram uma política pró-americana e causaram atritos com a China nas questões de construção da rede 5G, Xinjiang e Mar do Sul da China.
Após assumir seu mandato em maio de 2022, o atual governo do Partido Trabalhista alterou a política com a China, e as relações bilaterais voltaram à normalidade. O presidente chinês, Xi Jinping, se encontrou duas vezes com o primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, em novembro de 2022, em Bali, na Indonésia, e em novembro de 2023, em Beijing, capital chinesa. Os dois alcançaram importantes consensos para melhorar e promover as relações sino-australianas.
Neste contexto, a visita do premier Li Qiang foi bem sucedida. A parte australiana ressaltou que persiste no princípio de Uma só China e não apoia a independência de Taiwan. O país também prometeu eliminar as divergências e impulsionar constantemente a melhoria e o desenvolvimento das relações bilaterais.
De fato, a China é o maior parceiro comercial da Austrália, bem como o maior importador e exportador há 15 anos consecutivos. No ano passado, o valor comercial bilateral ultrapassou US$ 229 bilhões. Em março deste ano, a China parou de cobrar tarifas antidumping e antissubsídios sobre o vinho australiano e no mês seguinte, o país da Oceania exportou 86 milhões de dólares australianos em vinho para a China. Vale ressaltar que este valor ultrapassou o total dos três anos anteriores.
Como dois grandes países na Ásia-Pacífico, a China e a Austrália não têm ódios históricos, nem conflitos de interesses fundamentais, por isso, devem cooperar e coordenar para defender a paz e a estabilidade da região. A amizade sino-australiana foi atrapalhada pela busca de aliados dos Estados Unidos na Ásia-Pacífico nos últimos anos.
Contudo, o governo de Anthony Albanese revisou a política pró-americana. No seu artigo recém-publicado, o primeiro-ministro da Austrália disse que a verdadeira força diplomática é a capacidade de tratar as divergências, e não de causar confrontos.
Tradução: Luís Zhao
Revisão: Diego Goulart