Em uma reunião do Conselho da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) realizada na quarta-feira (5), a França, o Reino Unido e a Alemanha tentaram aprovar uma resolução exercendo pressão quanto à questão nuclear iraniana. Entre os 35 estados membros do Conselho, a China e a Rússia votaram contra a resolução, enquanto 12 países em desenvolvimento, incluindo África do Sul, Índia, Arábia Saudita, Indonésia e Turquia, abstiveram-se. O representante permanente da China junto à AIEA Li Song disse que o confronto não resolverá a questão nuclear iraniana.

O diplomata chinês afirmou que o Irã acaba de sair do luto nacional pela morte do seu presidente e irá realizar eleições gerais neste mês. Neste contexto especial, certos países estão provocando confrontos para fins políticos, ao invés de apresentar sugestões construtivas para resolver a questão nuclear iraniana. “Os fatos provaram repetidamente que o confronto e a pressão artificiais não resolverão o problema. Minarão as relações de cooperação entre a AIEA e o Irã, complicando ainda mais o caso.”

Li Song enfatizou que o acordo abrangente sobre a questão nuclear iraniana incorpora anos de esforços diplomáticos de todas as partes, constituindo a única forma correta para resolver o problema. “Os Estados Unidos devem demonstrar plenamente a sua sinceridade e trabalhar com todas as partes para restaurar a implementação completa e eficaz do acordo.”

Segundo o diplomata chinês, a China pede a todas as partes a encararem a situação atual com uma atitude calma e responsável e a tomarem medidas práticas para apoiar o fortalecimento da cooperação entre a AIEA e o Irã.

Tradução: Inês Zhu

Revisão: Diego Goulart