“A China sediará a segunda Cúpula China-Estados Árabes em 2026. Acredito que ela se tornará mais um marco nas relações bilaterais”, disse o presidente chinês, Xi Jinping, no discurso temático proferido na cerimônia de abertura da 10ª Conferência Ministerial do Fórum de Cooperação China-Estados Árabes, no dia 30 em Beijing. No mesmo dia, o presidente dos Emirados Árabes Unidos, Mohammedbin Zayed al-Nahyan, postou em chinês nas suas redes sociais que “as relações entre as nações árabes e a China são de significado histórico.”
Este ano marca o 20° aniversário da fundação do Fórum de Cooperação China-Estados Árabes. Nas últimas duas décadas, os laços bilaterais resistiram aos testes das vicissitudes internacionais e se tornaram um modelo de cooperação Sul-Sul. Atualmente, 22 países árabes participam da Iniciativa Cinturão e Rota e cerca de 2 bilhões de pessoas foram beneficiadas pelas colaborações.
Observadores notaram que os chefes de Estado do Bahrein, Egito, Tunísia e Emirados Árabes Unidos compareceram à cerimônia de abertura da Conferência. A revista The Arab Weekly comentou que a participação dos quatro chefes de Estado árabes no encontro demonstra o desejo comum e a determinação firme de todos os lados em promover a união e a cooperação para elevar as relações sino-árabes a um novo patamar.
Na ocasião, o presidente Xi Jinping salientou que a China e os países árabes devem ser “um modelo na manutenção da paz e estabilidade mundial”, “um exemplo na construção conjunta de alta qualidade do Cinturão e Rota”, “um paradigma de coexistência harmoniosa de diferentes civilizações” e “um orientador na exploração de caminhos corretos para a governança global”.
Além disso, a parte chinesa também propôs desenvolver em conjunto com os países árabes quadros de inovação mais dinâmico, de investimento e finanças de maior escala, de cooperação energética mais abrangente e de benefícios recíprocos nas áreas econômica e comercial mais equilibrado, assim como um quadro de intercâmbios culturais mais amplo.
Entre esses aspectos, a cooperação sino-árabe nos campos da inovação e das finanças é particularmente notável. Analistas apontam que as duas partes priorizam o desenvolvimento da inovação científica e tecnológica e dedicam-se ao fortalecimento da colaboração em novas forças produtivas de qualidade. Isso ajudará a China e os países árabes a tornarem-se importantes forças emergentes neste aspecto no mundo.
A segurança regional é uma grande preocupação para os estados árabes, e a questão da Palestina é o cerne dos problemas relacionados ao Oriente Médio. A declaração conjunta emitida nesta conferência transmite uma mensagem clara ao mundo: a guerra não deve continuar indefinidamente, a justiça não pode estar ausente para sempre e a “solução de dois Estados” não pode ser arbitrariamente abalada.
Tradução: Zhao Yan
Revisão: Diego Goulart