A China está disposta a fortalecer os intercâmbios de alto nível com a França, dar desempenho ao papel líder da diplomacia de chefe de Estado e adicionar novas conotações à parceria estratégica abrangente entre os dois países, disse um alto funcionário chinês neste sábado.

Wang Yi, membro do Birô Político do Comitê Central do Partido Comunista da China (PCCh) e diretor do Escritório da Comissão de Relações Exteriores do Comitê Central do PCCh, fez as declarações por meio de uma chamada telefônica com o conselheiro diplomático do presidente francês, Emmanuel Bonne.

Ele disse que a China está disposta a levar a cooperação bilateral com a França em vários campos a um novo nível e dar desempenho ao importante papel dos dois principais países para lidar com os desafios globais.

Wang Yi disse que a China e a França insistem na independência e na cooperação de ganho recíproco, ambos se opõem à divisão do mundo e ao confronto de bloco e ambos praticam o multilateralismo e defendem a Carta das Nações Unidas e o direito internacional.

Observando que a situação internacional atual é complexa e volátil, com inúmeros desafios e pontos quentes surgindo um após o outro, ele disse que a comunidade internacional espera que a China e a França formem uma posição comum e falem com a mesma voz sobre questões importantes relacionadas à paz e estabilidade mundiais, bem como ao futuro e ao destino da humanidade.

Espera-se que o lado francês pressione a União Europeia a continuar a perseguir uma política positiva e pragmática em relação à China, acrescentou Wang Yi.

Por sua vez, Bonne disse que a França está disposta a aproveitar o 60º aniversário do estabelecimento de laços diplomáticos entre os dois países como uma oportunidade para intensificar intercâmbios de alto nível, aprofundar a confiança mútua, fortalecer a cooperação prática e lutar pelo benefício mútuo e resultados de ganho recíproco.

Os dois lados devem trabalhar juntos para esfriar questões sensíveis, lidar com desafios globais, incluindo mudanças climáticas, fazer contribuições positivas para reduzir a diferença Norte-Sul e rejeitar o confronto do bloco, além de pressionar por um maior desenvolvimento das relações França-China e Europa-China, disse ele.

Os dois lados concordaram em cooperar no desenvolvimento da inteligência artificial, continuar a fortalecer a coordenação no combate às mudanças climáticas e refinar ainda mais a prática bem-sucedida de "a partir de fazenda francesa à mesa de jantar chinesa", de modo a fornecer um bom ambiente para as empresas de ambos os lados investirem e fazerem negócios nos países um do outro.

Os dois lados também se coordenaram em questões internacionais e regionais de interesse comum, como a questão da Ucrânia e o conflito palestino-israelense.