Dez anos após grande epidemia de ebola, remédios não chegam a quem mais precisa na África
Fonte: CMG Published: 2024-04-22 15:27:02

Quando a maior epidemia de ebola da história eclodiu no oeste da África, em 2014, não existia remédio nem vacina para o vírus que mata em até 90% dos casos. Foram mais de 11,3 mil mortos na Libéria, Guiné e Serra Leoa ao longo de dois anos, e a doença chegou aos Estados Unidos, à Espanha e à Itália. Dez anos depois, existem dois medicamentos e duas vacinas –mas os remédios não estão disponíveis para quem mais precisa. Os tratamentos foram desenvolvidos por duas farmacêuticas americanas, e a quase totalidade está em um estoque de segurança nacional dos EUA. Apenas um terço dos pacientes que contraíram a doença após a aprovação dos fármacos tiveram acesso ao tratamento, segundo o estudo "A evolução das medidas contra o vírus ebola: lições aprendidas e próximos passos", publicado na revista científica Vaccines. De 158 pacientes contaminados em cinco epidemias na República Democrática do Congo (RDC) e Guiné de 2020 a 2022, apenas 53 receberam os tratamentos, que reduzem significativamente a mortalidade da doença.

(Informações de Folha de São Paulo)