O Ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, afirmou nesta quinta-feira (28) que não há “exceção” para as Nações Unidas, nem “privilégio” para os Estado Unidos na questão do cumprimento do direito internacional, incluindo as regras do Conselho de Segurança. 

Após uma conversa, Wang Yi e a Ministra das Relações Exteriores da Indonésia, Retno Marsudi, reuniram-se com jornalistas em Jacarta, capital indonésia. 

Recentemente, o Conselho de Segurança aprovou, pela primeira vez, a resolução 2.728, que exige o cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza. Os Estados Unidos optaram por se absterem, mas alegaram que a resolução era “não vinculante”. 

Sobre isso, Wang Yi disse que a alegação dos EUA expôs mais uma vez sua mentalidade hegemônica. Aos olhos de Washington, o direito internacional parece ser apenas uma ferramenta a ser usada quando se quer e descartada quando não se quer. 

Segundo o chanceler chinês, as decisões tomadas pelo Conselho de Segurança conforme a Carta das Nações Unidas são obrigatórias e todos os países são obrigados a cumpri-las. Como um membro do Conselho de Segurança, Washington deve estabelecer um exemplo no cumprimento dessas decisões. 

Wang Yi espera que os EUA cumpram suas responsabilidades internacionais junto com outros membros da ONU e apoiem a resolução 2.728, para que o cessar-fogo abrangente seja realizado o mais cedo possível em Gaza.

tradução: Shi Liang

revisão: Diego Goulart