Consenso entre China e Alemanha é resposta eficaz ao "barulho" do Ocidente
Fonte: CMG Published: 2024-04-17 16:48:24

Três cidades em três dias, três ministros e um grupo de CEOs de grandes empresas alemãs, como Siemens, BMW e Mercedes-Benz, além de visitas a várias empresas com foco em inovação e cooperação - a viagem do chanceler alemão, Olaf Scholz, à China atraiu a atenção do Ocidente. 

No último dia de sua visita, Scholz se reuniu com o presidente Xi Jinping. O líder chinês enfatizou que não há conflito de interesses fundamentais entre a China e a Alemanha, e que nenhum dos lados representa uma ameaça à segurança do outro. A cooperação China-Alemanha mutuamente benéfica não é um "risco", mas uma garantia para a estabilidade das relações e uma oportunidade de moldar o futuro. 

Scholz disse que a Alemanha está disposta a fortalecer ainda mais as relações com a China, aprofundar os diálogos bilaterais e a cooperação em vários campos e promover o intercâmbio interpessoal em educação, cultura e outros setores, o que é de grande importância para ambos os países, bem como para o mundo inteiro. 

Este ano marca os 10 anos do estabelecimento da parceria estratégica abrangente entre a China e a Alemanha. As relações sino-alemãs estão há muito tempo na vanguarda das relações da China com os países ocidentais. Os líderes de ambos os lados mantêm uma comunicação estreita. As consultas governamentais e os diálogos de alto nível em áreas como estratégia e finanças funcionam de forma efetiva. Tudo isso garante a base da cooperação contínua entre as duas nações e também promove o desenvolvimento estável das relações China-Europa. 

O cenário geopolítico global passou por profundas mudanças nos últimos anos. As relações sino-alemãs também foram postas à prova. Influenciados pela política de contenção dos Estados Unidos em relação à China, parte da opinião pública da Europa acredita que a Alemanha deve "reduzir sua dependência econômica da China". 

No entanto, a viagem de Olaf Scholz à China e a disposição do círculo empresarial alemão para o aprofundamento de seus negócios no mercado chinês demonstram que a base das relações sino-alemãs ainda é estável e que a política do governo alemão para a China ainda é razoável e pragmática em geral. 

Como a segunda e a terceira maiores economias do mundo, respectivamente, as cadeias industrial e de suprimentos da China e da Alemanha estão profundamente interligadas. Mais de 5 mil empresas alemãs estão atualmente atuando no mercado chinês. De acordo com as estatísticas do banco central da Alemanha, os investimentos diretos alemães na China aumentou 4,3% no ano passado em comparação com 2022, atingindo um novo recorde de 11,9 bilhões de euros. 

Muitas empresas alemãs ainda estão otimistas em relação ao mercado chinês, apesar das vozes a favor da "dissociação" e da "redução de riscos" no Ocidente. Por exemplo, o setor automotivo alemão rejeitou claramente a investigação antissubsídio da UE contra os carros elétricos chineses. 

A cooperação sino-alemã é benéfica para ambos os lados e para o mundo. Quanto mais turbulento for o mundo, mais os dois lados devem fortalecer a resiliência e a vitalidade de suas relações. As conquistas conjuntas da China e da Alemanha contribuirão para a cooperação entre a China e a Europa, além de eliminar efetivamente o "ruído" do Ocidente que prejudica a paz e o desenvolvimento mundiais.

tradução: Shi Liang

revisão: Diego Goulart