A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, terminará sua visita à China nesta terça-feira (9). Ela é o primeiro membro do gabinete dos EUA a visitar a China este ano, nove meses após a última. 

Durante sua estadia, as partes da China e dos EUA tiveram reuniões em diferentes níveis sobre diversos tópicos, concordaram em concretizar os consensos alcançados pelos dois chefes de Estado, e chegaram ao acordo na promoção do crescimento econômico e cooperação financeira. A secretária do Tesouro disse que os dois países devem “manejar as relações econômicas bilaterais de forma responsável” e reiterou a “não dissociação” com a China. 

A declaração de Yellen parece boa, mas as pessoas não têm muita ideia de como implementá-la. Porque Washington promoveu uma série de medidas para reprimir o desenvolvimento econômico, comercial e científico da China com uma lista de sanções cada vez maior.   

Janet Yellen mencionou “assumir suas responsabilidades” durante sua viagem à China. Na verdade, isso não é apenas as responsabilidades pela economia norte-americana, mas a criação de mais benefícios para empresas e povos. Mas como pode fazê-lo?

Washington não deve politizar os tópicos econômicos e comerciais. Recentemente há muitos casos em que os Estados Unidos obstruem o desenvolvimento da China em nome da “segurança nacional”. Nas reuniões com Yellen, a parte chinesa expressou grande preocupação sobre as sanções estadunidenses contra empresas chinesas, tributação adicional e restrição de investimento na China. Washington deve estar consciente de que, caso não mude as medidas generalizadas em nome da "segurança nacional", as relações econômicas China-EUA não têm como regressar ao caminho certo. 

Além disso, a cooperação econômica e comercial entre os dois países deve seguir as regras econômicas e de mercado. Durante a visita de Yellen, os dois lados concordaram em realizar intercâmbios sobre crescimento equilibrado e economia global sob a estrutura do Grupo de Trabalho Econômico EUA-China. Foi acertado também que os dois países continuarão os intercâmbios sobre estabilidade financeira, finanças sustentáveis, combate à lavagem de dinheiro e outros tópicos sob a estrutura do Grupo de Trabalho Financeiro. Esses consensos são propícios para aliviar a ansiedade do mercado e aumentar a segurança do mercado, e também mostram responsabilidade das duas principais economias, China e Estados Unidos.

Em Guangzhou e Beijing, duas cidades que Yellen visitou, ela afirmou repetidamente que Washington não busca “dissociação” com a China. A parte chinesa aplaude a afirmação de Yellen e prefere ver medidas concretas da parte estadunidense. Depois da visita de Yellen à China, Washington deve honrar seu compromisso de “não dissociação” com a China para defender o bem-estar das empresas e dos povos dos dois países. 

Tradução: Xia Ren

Revisão: Diego Goulart