O Centro Cultural Moçambique-China (CCMC), o segundo maior da África, tem acolhido diversos eventos importantes no país. Desta vez, a cantora moçambicana Assa Matusse escolheu o local para abrilhantar seus fãs com momentos musicais inesquecíveis.
O Centro têm sido preferência de muitos organizadores de eventos em Moçambique, pois oferece conforto e bom aconchego para os espectadores. Por isso a Cantora Moçambicana escolheu este majestoso espaço para brilhar junto do seu público.
O espaço é fruto da cooperação bilateral entre Moçambique e a China com um orçamento de cerca de US$ 70 milhões. As obras arrancaram em maio de 2018 e o prédio foi inaugurado em outubro do ano passado, no campus principal da Universidade Eduardo Mondlane. O complexo ocupa uma área de 20 mil metros quadrados, compreendendo um auditório com capacidade para 1.500 pessoas e várias salas destinadas a teatro, espetáculos musicais, estúdios, ensaios de música e dança, exposições de artes e artesanato, além de eventos corporativos.
A cantora Assa escolheu a maior sala, com lotação máxima na noite da sexta-feira, primeiro de março. O concerto estava marcado para as 20 horas, mas até aquele momento as pessoas ainda tentavam entrar no auditório. A fila era enorme para acompanhar o espetáculo que minutos depois já estava ao rubro.
Assa Matusse e sua banda subiram ao palco. Ela soltou as cordas vocais para apresentar hits de “Mutchangana”, título daquele evento e do seu mais recente trabalho discográfico.
Foi uma noite de muita vibração, do princípio ao fim. Cada música era recebida por uma verdadeira saudação à filha da pátria, que atualmente reside em Paris, capital da França.
O concerto “Mutchangana” teve como convidados António Marcos, Deltino Guerreiro e a Companhia Nacional de Canto e Dança.
No espetáculo, Deltino Guerreiro cantou a famosa música “Rokotxi”, que interpreta com Assa Matusse. Lado a lado, levaram o público ao delírio. A intensidade aumentou até o momento em que Deltino desceu do palco.
Artista e fãs enaltecem o governo chinês
Os artistas moçambicanos e o público presente no espetáculo enalteceram os governos de Moçambique e da China, por terem oferecido ao povo e aos fazedores da arte uma casa bem equipada, que exalta as culturas dos dois povos.
Um dos artistas que elogiou o governo chinês pela infraestrutura é o jovem músico Deltino Guerreiro. Ele disse que já há muito tempo aguardava por um lugar como este, mas graças a cooperação que Moçambique tem com a China, tem hoje a oportunidade de desfrutar de uma casa condigna.
“A casa cheia" é uma mostra de um sucesso bem conseguido e o que assistimos fica para a história. É louvável quando o público se faz presente e dá carinho aos seus artistas. Que essa prática continue para sempre, e o CCMC possa continuar a abrir suas portas para músicos moçambicanos e não só”, considerou.
Minutos depois da atuação do Deltino com Matusse, subiu ao palco o renomado músico António Marcos. Era por sinal a primeira vez a cantar com a “Menina do Bairro”. O guru da música moçambicana soltou a faixa mais querida pelos fãs, a música “Salanine”, o que se notou um verdadeiro espetáculo.
O músico da velha-guarda classificou o espetáculo como fenomenal, algo que mereceu aplausos, e isso foi possível graças à adesão do público. Para ele, esta é uma verdadeira demonstração do amor que sentem por Assa Matusse. O músico também salientou que o Centro Cultural Moçambique-China é uma casa digna para os artistas de Moçambique, da África, da Ásia e outros pontos.
De recordar que, no dia da inauguração, o presidente moçambicano, Filipe Nyusi, agradeceu ao presidente chinês, Xi Jinping, e ao seu governo por sempre cumprir com os acordos assinados entre os dois países, e lembrou que Moçambique é amigo da China já há anos, e espera que essa relação dure para sempre.
Por Alberto Zuze