A China pede reforço da supervisão internacional do descarte no mar da água radioativa da usina nuclear de Fukushima do Japão, afirmou na segunda-feira (4) o embaixador Li Song, representante permanente da China na Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
A afirmação foi feita durante a reunião do Conselho de Governadores da AIEA em Viena, na Áustria, na qual o diplomata explicou os princípios e a posição adotada pela China na questão da descarga da água radioativa pelo Japão no mar.
Li disse que o Japão já despejou mais de 23 mil toneladas de água contaminada por energia nuclear no mar e começou na semana passada a quarta rodada de descarte, desconsiderando a oposição de países vizinhos e a preocupação da comunidade internacional. “Nenhum país jamais ousou arriscar a condenação universal ao impor o risco de contaminação nuclear ao mundo inteiro dessa forma”, apontou o embaixador chinês.
Li salientou que a China se opõe firmemente ao descarte de água radioativa no mar e exige fortemente a suspensão do ato. Segundo ele, a parte chinesa está pronta para continuar a comunicação e a cooperação com outras partes, para apoiar e participar ativamente do monitoramento da situação e para reforçar a supervisão internacional do Japão, a fim de manter os oceanos limpos e seguros para todos os povos.
tradução: Shi Liang
revisão: Diego Goulart