“Os carros são como ‘iPhones com rodas’ agora. Imagine que há milhões de carros chineses nas estradas dos Estados Unidos, ‘coletando’ e ‘enviando’ dados de milhões de norte-americanos para Beijing a cada minuto, todos os dias.” É difícil imaginar essas declarações da secretária do Comércio dos EUA, Gina Raimondo.
Para falar a verdade, poucos veículos de nova energia da China são vistos nas estradas dos EUA devido às altas tarifas que o país impõe aos carros chineses. Para alguns políticos norte-americanos, estas medidas ainda não são suficientes. Em dezembro de 2023, Washington anunciou que, a partir de 2024, os carros elétricos produzidos nos Estados Unidos não receberiam mais isenções fiscais se utilizassem componentes de baterias fabricados ou montados na China ou em outros países. No final de fevereiro deste ano, o governo dos EUA emitiu um aviso público anunciando que iria realizar uma “avaliação de risco à segurança nacional” dos carros fabricados na China.
Existem fatores econômicos e intenções políticas por trás do incitamento de Raimondo à sociedade norte-americana a uma atitude hostil em relação aos veículos elétricos chineses. Um dos principais objetivos da secretária do Comércio ao difundir esta informação falsa é criar e manipular a opinião pública com o objetivo de adotar políticas protecionistas correspondentes por parte dos Estados Unidos. Raimondo também está fazendo isso para atender às demandas da indústria automobilística do seu país e dos grupos de trabalhadores automotivos, ganhando consequentemente mais votos.
Na atual globalização econômica, a livre concorrência é a regra básica. Os Estados Unidos não podem estar num “vácuo” quando se trata do desenvolvimento e crescimento da indústria nacional de veículos movidos a nova energia. A “dissociação” forçada prejudica, em última análise, os interesses dos consumidores dos EUA e a competitividade da própria indústria estadunidense. Oprimir os outros não torna o país forte. Sra. Raimondo, por favor, faça um trabalho mais prático e tome algumas medidas objetivas para melhorar a competitividade da indústria automobilística dos EUA.
Tradução: Inês Zhu
Revisão: Diego Goulart