O vice-ministro da Ecologia e Meio Ambiente, Zhao Yingmin, afirmou na segunda-feira (26) que o Mecanismo de Ajustamento Carbônico Fronteiriço (MACF) da União Europeia é uma medida unilateral que despertou grande atenção de países de todo o mundo, especialmente aqueles em desenvolvimento. Ele apontou que a governança climática global deve respeitar as condições nacionais e a capacidade de diferentes países.

O vice-ministro chinês lembrou do consenso da comunidade internacional na adesão aos princípios de equidade, responsabilidades comuns, mas diferenciadas, e no respeito às capacidades de cada nação. Para ele, é preciso alcançar um amplo consenso sobre a cooperação global no mercado de carbono por meio da negociação do artigo 6 do Acordo de Paris. Ele sinaliza que também é necessário evitar ações unilaterais para reduzir os efeitos negativos desnecessários sobre os países fora do continente europeu.

Segundo Zhao, neste momento, os detalhes para a implementação do artigo 6 do Acordo de Paris ainda estão sendo discutidos, e ainda não foi alcançado um consenso. Portanto, esta é a forma certa para combater as alterações climáticas.

De acordo com o MACF, a UE aplicará um imposto sobre bens como aço, cimento, alumínio e fertilizantes importados de países e regiões com restrições de emissão de carbono relativamente frouxas (as chamadas "tarifas de carbono"). A partir de 2026, as tarifas de carbono serão formalmente impostas aos produtos relacionados importados para a UE.

Tradução: Zhu Jing

Revisão: Diego Goulart