A vila de Ganhezi, localizada na Região Autônoma Uigur de Xinjiang, foi tombada em 2008 como Terra Natal das Artes Folclóricas da China pelo Ministério da Cultura do país. Com a aproximação do Ano do Dragão, a população local começou a preparar as apresentações tradicionais enquanto artesãos se organizaram para fazer negócios de dragão.

Moradores locais continuam usando técnicas centenárias para confecção à mão do boneco de dragão. O trabalho é dividido entre os carpinteiros que fazem as quilhas e os alfaiates que costuram o corpo do boneco. A meta é produzir um dragão de pano que mede 36 metros de comprimento.

 O animal mitológico é decorado com diferentes padrões. O dragão de seda Adelai simboliza a grande unidade da nação chinesa e o vermelho e amarelo representa a tradição chinesa. Os tecidos de diferentes cores refletem as boas expectativas da população local com o Festival da Primavera.

m 1983, o herdeiro desta arte, Gao Mingwang, aos seus 20 anos, começou a seguir os passos do pai na confecção do boneco e praticar a dança de dragão. Naquela época, demorava 37 dias para concluir o trabalho. Hoje, os artesãos concluem em 21 dias.

Os aldeões insistem em fazer o dragão à mão, porque a estrutura de madeira feita à mão é elástica e o corpo do dragão é feito em tecido e costurado cuidadosamente, o que faz o boneco mais vivido. 

Este ano, a vila recebeu dezenas de pedidos. Os negócios do dragão trazidos pela passagem do seu ano também trouxeram benefícios para a população local, um total de mais de 20 mil yuans para os dez artesãos e mais de 10 mil yuans para a renda coletiva da vila.

Tradução: Zhu Jing

Revisão: Diego Goulart