Economia mundial crescerá 2,9% em 2024, diz OCDE
Fonte: Xinhua Published: 2024-02-07 11:02:39

O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) global deve diminuir dos 3,1% em 2023 para 2,9% em 2024 e se recuperar para 3% em 2025 com a melhora das condições financeiras, de acordo com a perspectiva divulgada na segunda-feira pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Nos Estados Unidos, o crescimento anual do PIB vai se moderar para 2,1% em 2024 e 1,7% em 2025, embora tenda a continuar apoiado pelos gastos das famílias e pelas fortes condições do mercado de trabalho. Na área do euro, deve ser de 0,6% em 2024 e 1,3% em 2025, com a atividade retida por condições de crédito restritivas no curto prazo, antes de recuperar diante de melhores rendas reais, afirma o relatório.

A OCDE também informou que o crescimento global se provou resiliente em 2023, com a inflação diminuindo mais rapidamente do que o previsto; a projeção era de que voltaria à meta na maioria dos países do G20 até o final de 2025.

"A inflação global nas economias do G20 deverá cair de 6,6% em 2024 para 3,8% em 2025, com a inflação subjacente nas economias avançadas do G20 diminuindo para 2,5% em 2024 e 2,1% em 2025", acrescentou a organização.

De acordo com o relatório, as elevadas tensões geopolíticas constituem um risco significativo a curto prazo para a atividade e a inflação, especialmente se o conflito no Oriente Médio perturbar os mercados energéticos.

A persistência das pressões sobre os preços dos serviços também poderá gerar surpresas ascendentes em termos de inflação e desencadear uma reprecificação dos mercados financeiros, à medida que as expectativas de flexibilização da política monetária forem reavaliadas.

"As bases para o crescimento futuro precisam ser reforçadas por reformas políticas", afirma o relatório, acrescentando que é necessária uma cooperação internacional reforçada para revitalizar o comércio global, garantir um progresso mais rápido e melhor coordenado rumo à descarbonização e aliviar o fardo da dívida nos países de rendas mais baixas.