Intercâmbios sino-franceses devem manter pioneirismo nos próximos 60 anos
Fonte: CMG Published: 2024-01-26 21:12:31

Na recepção comemorativa do 60º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas entre a China e a França, realizada na noite dessa quinta-feira (25), no Centro Nacional de Artes Cênicas, os chefes de Estado da China e da França proferiram conjuntamente um discurso em vídeo. 

O presidente chinês, Xi Jinping, enfatizou que a história única das relações sino-francesas moldou o "espírito sino-francês" que se traduz em independência, compreensão mútua, alta visão e benefício recíproco. Xi Jinping apresentou ainda quatro iniciativas para aprofundar a cooperação bilateral no futuro. 

O presidente francês, Emmanuel Macron, disse que os dois países têm a responsabilidade de construir conjuntamente uma parceria que não só atenda às necessidades dos dois povos, como também favoreça a paz e a estabilidade mundial. Isto mostra que os dois chefes de Estado possuem um alto grau de consenso na promoção da cooperação sino-francesa. 

Nas trocas entre a China e os países ocidentais, a França desempenha um papel especial, sendo o primeiro grande país do Ocidente a estabelecer formalmente relações diplomáticas e uma parceria abrangente e diálogo estratégicos com a China. 

Em 27 de janeiro de 1964, sob as sombras da Guerra Fria, a China e a França emitiram simultaneamente um comunicado conjunto anunciando o estabelecimento de relações diplomáticas, que foi chamado de "explosão nuclear diplomática" pela opinião pública ocidental. 

O mundo atravessa atualmente mudanças sem precedentes nos últimos cem anos. Certos países estão criando conflitos entre grupos para manter a hegemonia, agravando a turbulência e a divisão do mundo. Sob a preocupação da comunidade internacional de ocorrer uma “nova guerra fria”, como a China e a França podem fazer para assumir as responsabilidades como grandes países? 

O presidente Xi Jinping destacou que a China e a França devem desenvolver inabalavelmente relações bilaterais, expandir intercâmbios culturais e interpessoais, defender conjuntamente a ordem multipolar com horizontalidade e a globalização econômica inclusiva, salvaguardando a paz e a estabilidade mundiais, e aderir à cooperação de benefícios recíprocos. Essas quatro iniciativas apontam para a direção do desenvolvimento das relações China-França nos próximos 60 anos. 

A França é hoje o terceiro maior parceiro comercial chinês, , a terceira maior fonte de investimento e o segundo maior importador de tecnologia da União Europeia (UE). Além disso, a China é o maior parceiro comercial da França na Ásia. 

Quando o presidente Macron visitou o país em abril de 2023, as duas nações chegaram a uma série de acordos de cooperação e concordaram em cultivar novos pontos de crescimento, como o comércio de serviços, o desenvolvimento verde e a inovação tecnológica. 

Analistas acreditam que os setores industriais da cooperação sino-francesa estão gradualmente mudando dos três tradicionais, que abrangem energia nuclear, aeroespaço e ferrovia de alta velocidade, para novos quatro segmentos, que envolvem as novas energias e produtos ecológicos, economia digital, finanças verdes e digitais, além de ampliarem o intercâmbio em mercados de terceiros na Ásia, África e em outras regiões. No futuro, os dois países continuarão aumentando o bolo da cooperação de benefícios recíprocos.