Segundo informações recém-divulgadas pela imprensa britânica, a British National Grid removeu módulos para rede elétrica fornecidos por uma empresa chinesa sob o pretexto de segurança nacional.
A autoridade britânica ainda não deu respostas claras sobre a reportagem e anunciou apenas que presta alta atenção para a segurança das infraestruturas e vai tomar medidas eficazes em relação a isso.
No entanto, segundo uma reportagem lançada pelo Financial Times, a empresa chinesa envolvida já discutiu a questão de segurança com a British National Grid no ano passado e realizou testes concernentes. A conclusão é que não existe nenhum risco potencial. Atualmente, os funcionários da empresa chinesa já foram proibidos de entrar nas usinas onde os módulos estão instalados, e a National Grid não divulgou o motivo da rescisão.
Essa não é a primeira vez que o governo britânico abusou do conceito de segurança nacional para sancionar empresas chinesas. Em julho de 2020, o Reino Unido adotou sanções contra o equipamento 5G da Huawei, logo após os Estados Unidos anunciarem sanções contra a empresa chinesa. Em julho do ano passado, os britânicos proibiram a compra de propriedades intelectuais de tecnologias de sensoriamento visual com o pretexto de segurança nacional.
A empresa chinesa sancionada desta vez é uma das líderes no setor de energias limpas. Atualmente, o preço energético no Reino Unido subiu notavelmente por causa dos conflitos entre a Rússia e a Ucrânia. Remover os componentes chineses poderá levar mais tempo e mais custo para a renovação da rede elétrica.
O governo britânico já declarou que vai aumentar o limite máximo dos preços energéticos para as famílias a partir de janeiro do próximo ano, de 1.834 libras para 1.928 libras por ano. Isso significa que os residentes no Reino Unido poderão sofrer com os altos preços e os custos de vida no longo prazo.
Além disso, o Reino Unido anunciou em 2021 a meta de 100% de produção de energias limpas no setor elétrico. Porém, se excluir empresas chinesas experientes, será muito difícil para realizar essa meta, porque o país é um dos maiores emissores de carbono do mundo e falta planejamento para construção de infraestruturas elétricas.
De fato, o verdadeiro risco para o Reino Unido não são as empresas chinesas, mas os políticos que não ligam para os interesses do povo britânico. Reprimir empresas chinesas não vai impedir o desenvolvimento da China. A maneira correta para a China e o Reino Unido se darem bem é através da cooperação pragmática e benefício mútuo para promover o desenvolvimento saudável e estável das relações bilaterais e beneficiar o mundo inteiro.
Tradução: Luís Zhao
Revisão: Diego Goulart