Críticas dos Estados Unidos a Israel na guerra apontam para mudança profunda da relação
Fonte: CMG Published: 2023-12-18 15:40:19

Aproximadamente 18.800 palestinos — 70% dos quais eram mulheres e crianças — morreram em Gaza entre 7 de outubro e 15 de dezembro, informou o Ministério da Saúde palestino, controlado pelo Hamas, em Ramallah em comunicado neste domingo (17/12/23).

Inicialmente, a reação de Biden aos ataques perpetrados pelo Hamas foi de apoio total a Tel Aviv, militar, diplomático e político. Distanciando-se do tom ameno pelo qual é conhecido, o presidente americano fez os discursos mais enfáticos de sua Presidência, visivelmente movido pela violência sofrida pelo aliado. "Eu sou um sionista", disse.  Biden descreveu quase graficamente os ataques e reforçou que os EUA estavam "100%" ao lado de Tel Aviv. Pouco mais de uma semana após os ataques, o americano foi pessoalmente a Israel e, numa imagem simbólica, deu um abraço no primeiro-ministro Binyamin Netanyahu ao descer do Air Force One.

Passados dois meses, é difícil imaginar a cena do abraço se repetindo. Na última semana, em um gesto de ruptura, Biden criticou publicamente Netanyahu, classificou os bombardeios a Gaza como "indiscriminados", recomendou "mais cuidado" com civis e disse que o governo israelense não quer uma solução de dois Estados.

(Informações Folha de São Paulo, CNN Portugal, CNN Brasil, Portal G1, Portal UOL.)