Entender a economia chinesa no contexto internacional
Fonte: CMG Published: 2023-12-06 22:04:33

"Em um centro de veículos elétricos na China, engenheiros alemães da Volkswagen estão em busca de experiências e inspirações sobre como acelerar a produção..." Um artigo recém-publicado no site do jornal norte-americano "Wall Street Journal" descreveu essa cena.

Por oito anos consecutivos, a produção e a venda de veículos de nova energia da China ocuparam a primeira posição no ranking global. Este é um microcosmo da economia em expansão próspera no país.

Nos primeiros três trimestres de 2023, a economia chinesa cresceu 5,2% em termos anuais. Durante o mesmo período, as taxas de crescimento econômico homólogas dos Estados Unidos e da Zona Euro foram de 2,4% e aproximadamente 0,5%, respectivamente.

De janeiro a outubro deste ano, 41.947 novas empresas com investimento estrangeiro foram estabelecidas na China, um incremento de 32,1% em relação ao período análogo do ano anterior.

A China possui a indústria manufatureira cujas categorias e sistemas industriais são os mais completos do mundo, e sua escala ficou em primeiro lugar global por 13 anos consecutivos. O país manteve seu status internacional como o maior país de comércio de bens por seis anos consecutivos. O número total de seu pessoal de pesquisa e desenvolvimento permaneceu o maior do mundo durante muitos anos.

Tomando como exemplo a empresa americana Tesla, atualmente, a taxa de localização das peças de sua Gigafactory Shanghai ultrapassa 95%, e um carro pode sair da linha de produção em menos de 40 segundos. A Tesla sozinha assinou contratos com mais de 400 fornecedores locais de primeiro nível, dos quais mais de 60 fornecedores entraram no sistema de abastecimento global da montadora.

A China é o segundo maior mercado consumidor do mundo e o maior mercado de varejo online. De acordo com estimativas, sua taxa de retorno do investimento estrangeiro direto nos últimos cinco anos é de 9,1%. As cifras da Europa e dos Estados Unidos são de cerca de 3% e, para as economias emergentes como Brasil, África do Sul e Índia, oscilam entre 4% e 8%.

Além disso, nos primeiros dez meses deste ano, o investimento real em território chinês proveniente do Canadá, Reino Unido, França, Suíça e Holanda aumentou 110,3%, 94,6%, 90%, 66,1% e 33%, respectivamente.

Mais importante ainda, a China hoje já não é apenas a “fábrica do mundo”. Em áreas como o desenvolvimento verde e a economia digital, está tornando-se um líder e trazendo um novo impulso à economia internacional nesses segmentos.

O volume total da economia digital chinesa ocupa o segundo lugar no mundo, liderando à dianteira absoluta em muitos aspectos, como aplicações de internet, número de internautas e desenvolvimento de inteligência artificial.

Olhando a um nível mais profundo, a economia global enfrenta atualmente múltiplos desafios, tais como inflação elevada, conflitos geopolíticos, além de crises energéticas e alimentares. A estabilidade tornou-se um “recurso” muito procurado. O que a China proporciona é exatamente este tipo de estabilidade. O país tem sempre enfatizado que todos devem se desenvolver juntos, construir uma economia mundial aberta e alcançar a modernização em conjunto.

Tradução: Paula Chen

Revisão: Mariana Yante