A reunião do Conselho da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) foi aberta na segunda-feira (11) em Viena. Na ocasião, o embaixador chinês junto às Nações Unidas e outras organizações internacionais na Áustria, Li Song, criticou o Japão pelo descarte da água radioativa de Fukushima e urgiu à parte japonesa que aceite a supervisão rigorosa internacional. 

Segundo o embaixador, o despejo da água contaminada é uma grande questão relacionada à segurança nuclear e exerce uma influência internacional em longo prazo e não é um assunto o,privado do Japão. 

O acidente nuclear de Fukushima, que ocorreu 12 anos atrás, já causou um grande desastre. O Japão tem responsabilidade e obrigação de tratar a água radioativa de uma maneira mais responsável, segura e adequada, a fim de evitar um segundo desastre para o oceano e a humanidade. O descarte no mar não é a única opção para tratar a água contaminada de Fukushima, muito menos uma opção segura e responsável. 

O embaixador chinês reiterou que o Japão não pediu à AIEA para avaliar outras maneiras de tratamento da água radioativa e forçou unilateralmente a decisão de descarte no mar para a AIEA e o mundo. Ele acrescentou que o relatório de avaliação da segurança feito pela AIEA tem o carácter de assistência técnica e consulta, por isso, não há eficácia no direito internacional. 

O embaixador chinês disse ainda que, na circunstância de descarte unilateral da água radioativa pelo Japão, é necessário que a AIEA estabeleça um mecanismo de monitoramento internacional permanente que não é controlado pelo Japão. 

Tradução: Xia Ren

Revisão: Diego Goulart