Quem está fazendo a "coerção econômica"? Veja o que os EUA estão fazendo
Fonte: CMG Published: 2023-05-15 11:03:10

A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Louise Yellen, recentemente pediu uma “ação coordenada” contra a chamada "coerção econômica" da China em uma reunião de ministros das finanças e presidentes de bancos centrais do G7. Os fatos são a melhor prova de quem é um veterano na coerção econômica e quem é a vítima. 

Quando se trata de "coerção" nas relações internacionais, o próprio conceito foi inventado e tem sido praticado pelos EUA. Em 1971, Alexander George, professor da Universidade de Stanford, apresentou pela primeira vez o conceito de "diplomacia coercitiva" para descrever a política dos EUA em relação ao Laos, Cuba e Vietnã. A essência desse conceito é que os EUA usam a ameaça da força, o isolamento político, as sanções econômicas e o bloqueio tecnológico para forçar outros países a mudar de acordo com as suas exigências, a fim de maximizar a manutenção da sua hegemonia. 

Isso mostra que a "coerção econômica", como parte da "diplomacia coercitiva", é uma “patente” dos EUA. A China sempre promoveu a construção de uma economia mundial aberta e nunca se envolveu, e se opõe firmemente à "coerção econômica". A tentativa dos EUA de colocar esse rótulo na China visa ganhar uma “ficha do jogo” durante a cooperação e as negociações com a China nos campos econômico, comercial e financeiro, além de usar uma acusação fabricada para forçar a China a fazer concessões. 

Na verdade, o bloqueio tecnológico é um meio usual da coerção econômica dos EUA. Em agosto de 2022, a lei norte-americana Chips and Science Act entrou em vigor, com algumas disposições que restringem as empresas de realizar atividades normais econômicas, comerciais e de investimento na China. 

Além disso, as sanções unilaterais são uma ferramenta de coerção econômica utilizada de forma abusiva pelos EUA. O lado estadunidense inventou várias desculpas para suprimir as empresas chinesas de alta tecnologia, competitivas internacionalmente, e colocou mais de mil empresas chinesas em sua lista de sanções. Até o momento, os EUA impuseram sanções econômicas unilaterais a quase 40 países em todo o mundo, afetando quase metade da população global. 

Para os EUA, não existem amigos eternos, apenas interesses eternos. Envolvendo-se em coerção econômica, os EUA não poupam nem mesmo seus aliados. Historicamente, empresas de aliados dos EUA como a Toshiba do Japão, a Siemens da Alemanha, a Alstom da França, que desafiaram os interesses dos EUA, foram invariavelmente reprimidas pelos EUA. 

A reunião de cúpula do G7 será realizada em breve, e muitos membros desse "pequeno círculo" são vítimas da coerção econômica dos EUA. Se Washington colocar o tópico "lidar com a coerção econômica" na pauta da reunião, será melhor que outros países participantes pensem em suas próprias experiências e denunciem o que os EUA estão fazendo, em vez de se tornarem cúmplices cegos.

tradução: Shi Liang

revisão: Diego Goulart