Os Estados Unidos, o Reino Unido e a Austrália assinaram no dia 13 uma declaração conjunta, a qual prevê a venda de três submarinos nucleares estadunidenses da Classe Virginia até 2030. Além disso, os três países vão produzir em conjunto um novo tipo de submarino nuclear com base nas tecnologias dos EUA e do Reino Unido.
Dias atrás, a reunião mensal de março do Conselho da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) foi realizada em Viena. Sob o impulso da parte chinesa, a organização deliberou pela sétima vez a cooperação entre EUA, Reino Unido e Austrália de maneira de discussão intergovernamental. Muitos países manifestaram forte oposição a essa cooperação, considerando-a uma grande ameaça para a paz e a estabilidade da Ásia-Pacífico.
Os três países são signatários do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP). No entanto, em setembro de 2021, eles estabeleceram a parceria trilateral de segurança Aukus (na sigla em inglês), com o objetivo de ajudar a Austrália a obter submarinos nucleares. Este é um típico exemplo de proliferação nuclear, já que, segundo o plano, os EUA e o Reino Unido, dois detentores de armas nucleares, podem transferir toneladas de urânio enriquecido para a Austrália, país sem armas nucleares. Esta conduta não só violou gravemente os princípios e regras do TNP, como também levará ao perigo de corrida armamentista na região.
Além disso, segundo o projeto, os três países ainda vão realizar intercâmbios tecnológicos e treinamentos. A partir deste ano, os submarinos nucleares estadunidenses vão visitar mais frequentemente a Austrália e desde 2027, submarinos dos EUA e do Reino Unido vão se estacionar alternadamente na base militar HMAS Stirling da Austrália.
Conforme tais detalhes, todo o mundo já sabe que o Aukus é uma cópia da Otan na Ásia-Pacífico. Esta intriga geopolítica, logicamente, sofreu oposições de muitos países. O jornal australiano Sydney Morning Herald reportou recentemente que a Malásia e a Indonésia já criticaram o Aukus e manifestaram preocupação de uma possível corrida armamentista no sudeste asiático.
O primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, disse que o Aukus vai criar cerca de 20 mil empregos nos próximos 30 anos, mas o partido Australian Greens alertou que isso será um grande impacto para os investimentos em educação, saúde e habitação.
O pesquisador político dos EUA, Joseph Siracusa, considera que o dinheiro da Austrália não comprará a segurança, mas será apenas uma moléstia que parece bonita.
Tradução: Luís Zhao
Revisão: Diego Goulart