A tentativa do Japão de trazer a OTAN para a Ásia-Pacífico é um passeio ao abismo
Fonte: CMG Published: 2023-02-02 20:17:45

O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, conversou recentemente com o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Jens Stoltenberg, que visitou o país asiático. Na declaração conjunta após a reunião, houve um exagero da chamada "ameaça militar" da China. Segundo Fumio Kishida, o Japão considera a possibilidade de participar das reuniões do Conselho da OTAN e decidiu participar da cooperação de defesa da OTAN na Ásia-Pacífico.

Com a promoção contínua dos Estados Unidos, a OTAN está tentando criar uma nova versão do bloco militar na Ásia-Pacífico. O Japão, parceiro-chave para Washington, tem seu próprio objetivo político.

Durante a viagem do primeiro-ministro japonês aos cinco países ocidentais em janeiro, ele espalhou rumores e falácias sobre a China, dizendo que "a China é o desafio central para o Japão e os EUA". A intenção do Japão é quebrar as restrições da política de segurança e defesa para expandir sua força militar e se tornar "um país normalizado".

No final do ano passado, o governo japonês aprovou três documentos de política sobre a segurança e a defesa, segundo os quais, o país trabalhará para obter capacidade de contra-ataque (ataque contra bases militares dos inimigos). Analistas consideram que o ato do Japão contraria a Constituição Pacífica e causará tensão no Leste da Ásia.

Além disso, o Japão planeja aumentar significativamente os gastos totais de defesa para 43 trilhões de ienes até 2027, e estabeleceu uma meta de gastos relacionados à defesa de 2% do PIB no mesmo ano. A mídia japonesa apontou que o aumento das despesas militares do Japão é uma tentativa de alcançar o padrão da OTAN de 2% do PIB para despesas de defesa.

O governo japonês tem sido criticado pela opinião pública interna, e seus vizinhos estão em alerta máximo, por um lado, por sua prolongada retração econômica e, por outro, por seus esforços para expandir seu poder militar.

Para a extrema-direita japonesa, que não foi fundamentalmente liquidada desde a Segunda Guerra Mundial, eles estão esperando por uma oportunidade para "criar caos" na Ásia-Pacífico, mas continuando desta forma precipitada, defrontar-se-ão com um abismo logo à frente.

Tradução: Xia Ren

Revisão: Erasto Santos Cruz