A pandemia de Covid-19 hoje não é a mesma de três anos atrás. Para o analista e coordenador dos assuntos sobre China da Fiocruz, André Lobato, é o momento para o país adequar seu controle sanitário à nova realidade, visto que vários estudos do mundo indicam que a atual variante ômicron é menos patogênica e afeta mais garganta do que pulmão.
Em todo o processo de enfrentamento da Covid-19, André Lobato observou uma posição soberana da China, que não somente permitiu ela própria aplicar medidas necessárias de forma autônoma, como ainda propiciou aos países em desenvolvimento acesso a medicamento e vacinas.
Em Beijing para fazer intercâmbio na Academia Chinesa de Ciências, André Lobato apontou que desde 2017 a Fiocruz tem ampliado cooperações com instituições chinesas para estudar o tratamento de doenças contagiosas, especialmente as que atingem a população mais pobre e não interessam laboratórios comerciais.