*Discurso feito por Milton Pomar no painel online “A China na nova jornada e o mundo” promivido pelo Grupo da Mídia da China.
A redução da pobreza, a segurança alimentar da população, o aumento da cobertura florestal, e a elevação do nível de escolaridade do país, são resultados expressivos das políticas públicas implementadas nos últimos 40 anos na China, pelos governos central e das províncias, regiões autônomas e cidades, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida do povo. São conquistas do povo chinês e de toda a Humanidade, porque elas comprovam que sim, é possível melhorar muito a condição de vida de todas as pessoas no mundo.
A expectativa média de vida da China praticamente dobrou, desde a proclamação da República Popular, em 1949, quando era de 40,8 anos, para os 77,93 anos em 2021. E a mortalidade infantil caiu de 128 por mil, para os atuais 5,4 por mil. Tais avanços são confirmados pelas Nações Unidas, através do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH): em 1980, a China obteve 0,407 pontos, bem abaixo da média mundial (0,561); em 2021, alcançou 0,768 pontos, acima da média mundial (0,737), ficando em 79º lugar no ranking – ultrapassando inclusive o Brasil (84º).
Esses indicadores confirmam o acesso de todo o povo chinês à alimentação e à saúde; elevação substancial do nível de escolaridade; melhoria das moradias e saneamento ambiental; e o mais impressionante aumento do poder aquisitivo entre todos os países do mundo, de mais de 30 vezes, entre 1990 e 2019, segundo estudo do Banco Mundial.
Enquanto o Brasil e outros países seguem devastando suas florestas e recursos hídricos, a China caminha no sentido contrário, tendo saído de 14% de cobertura florestal em 1992, e atingido 23% em 2020 (para 2035 a meta é 26%). Assim aumenta a retenção de água no solo, reduz mais as tempestades de areia e melhora a qualidade do ar nas cidades. E continua recuperando áreas degradadas, como a conseguida no deserto de Kubuqi (em Ordos, Mongólia Interior), diminuindo as terríveis limitações ambientais impostas pelos desertos nas regiões norte e oeste do país.
Com o programa de revitalização rural, iniciado em 2018, a China diminuirá a desigualdade social e econômica ainda existente entre as pessoas que vivem nos interiores e as das cidades. Muito ainda há a ser realizado, e o 14º Plano Quinquenal define bem as questões estratégicas para o desenvolvimento econômico e social que proporcione harmonia à sociedade chinesa.
Todas essas iniciativas bem-sucedidas da China são exemplos para a Humanidade. Cada povo e cada país saberão encontrar seus próprios caminhos, como fez a China com o Socialismo com características chinesas. Caminhos compartilhados agora por mais pessoas em todo o mundo, graças à conectividade proporcionada pela Iniciativa Cinturão e Rota da China, à construção de infraestrutura em vários países e à redução de custos de transportes.
Para nós, que admiramos os esforços do povo chinês no século passado para se libertar da dominação estrangeira, da pobreza, da fome e do atraso, e para desenvolver a grande nação, é animador saber de todos os avanços, anunciados pelo presidente Xi Jinping, na apresentação do seu relatório na abertura do 20º Congresso do PCCh, e da disposição de continuarem na grande marcha de modernização científica, tecnológica e de inovação, em cooperação com outros países, compartilhando conhecimentos e criações intelectuais com diferentes povos, para que a Humanidade seja efetivamente melhor.
Pode-se imaginar as dimensões dos desafios atuais enfrentados pela China, dos quais talvez o principal seja o acelerado envelhecimento e acentuada diminuição de sua população – a previsão para 2100 é de voltar a ter um bilhão de pessoas, a mesma quantidade que havia em 1981. Será um mundo de gente para ser cuidada e sustentada, por menos pessoas ativas economicamente. A Humanidade desconhece como lidar com situação desse tipo e em tão grande escala. Todos teremos que aprender como conviver com tanta gente idosa – quase metade das populações.
Há também o desafio ambiental, resultante do modelo de sociedade construído nos últimos 50 anos, com gigantesca concentração populacional nas áreas urbanas, principalmente da região litorânea; mais de 250 milhões de veículos; e a matriz energética ainda dominada pelo carvão, apesar dos esforços louváveis de crescentes investimentos em fontes renováveis de energia e em várias importantes ações para reduzir as emissões de poluentes.
Acredito que a China está construindo um futuro melhor para seu povo e para a Humanidade, porque acompanho a sua evolução há mais de 50 anos, primeiro à distância, e, nos últimos 25 anos, bem de perto – visitei dezenas de cidades e áreas rurais, de todas as regiões, e sempre pesquiso sobre o que está sendo feito. Quando não houver mais fome e pobreza no mundo, a desigualdade social e econômica tiver diminuído, e o ambiente estiver preservado, “os que virão depois de nós” lembrarão da importância das realizações da China para toda a Humanidade.