“Atualmente, a situação internacional está complicada e em mudança drástica. Sendo países grandes influentes, a China e a Alemanha devem trabalhar de mãos dadas em conjunturas de mudança e complexidade e dar mais contribuições para a paz e o desenvolvimento do mundo”, assinalou o presidente chinês, Xi Jinping, durante reunião com o chanceler alemão, Olaf Scholz, em visita oficial à China.
Xi Jinping afirmou que a China está disposta a se esforçar junto com a Alemanha para construir uma parceria estratégica em todos os aspectos voltada para o futuro, além de promover novas evoluções das relações bilaterais. Scholz disse que seu país quer aumentar a confiança mútua com a China, assim como estabilizar, consolidar e desenvolver o relacionamento sino-alemão.
Scholz é o primeiro líder europeu que visita a China após o 20º Congresso Nacional do Partido Comunista da China (PCCh), realizado em outubro. Esta também é sua primeira visita ao país, depois de assumir o cargo de chanceler alemão. Vale notar que este ano marca o 50º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas entre as duas nações.
Ao recordar a história dos contatos entre a China e a Alemanha, Xi Jinping apontou que as relações bilaterais vão se manter na direção correta e evoluir em passos estáveis, uma vez que os dois países sigam princípios de respeito mútuo, de busca de pontos comuns deixando as diferenças de lado, de promoção de intercâmbios e de aprendizagens recíprocas e cooperação de benefícios compartilhados.
Tendo sistemas políticos e caminhos de desenvolvimento diferentes, é natural que a China e a Alemanha tenham divergências em alguns tópicos, o que causou algumas interferências ao desenvolvimento do relacionamento entre os dois países.
Para impulsionar as relações bilaterais no futuro, Xi Jinping frisou que os dois países devem se respeitar mutuamente, cuidar dos interesses essenciais do outro, persistir em diálogos e consultas e resistir em conjunto às interferências de fatores como confrontos entre blocos de países e abuso do uso de diferenças ideológicas como pretextos.
Scholz afirmou que o mundo precisa de um enquadramento multipolar. O papel e a influência de países emergentes devem ser valorizados. A Alemanha se opõe aos confrontos entre grupos de países, e os políticos devem assumir responsabilidades sobre isso.
A cooperação econômica e comercial tem sido uma base sólida para as relações diplomáticas sino-alemãs nos últimos 50 anos. Conforme as estatísticas, a China foi a maior parceira comercial da Alemanha por seis anos consecutivos, enquanto a Alemanha foi a maior parceira comercial da China na Europa por 47 anos consecutivos. Cerca de 60% das empresas alemãs que operam no mercado chinês tiveram aumento em seus negócios no ano passado, e mais de 70% das empresas entrevistadas expressaram a vontade de continuar expandindo seu investimento no país.
Durante o encontro, Xi Jinping exortou que as duas partes devem continuar ampliando os interesses comuns e despertando o dinamismo de colaborações nos novos setores, como novas energias, inteligência artificial e digitalização. O líder chinês manifestou ainda a esperança de que a parte alemã trabalhe em conjunto com a China para resistir ao protecionismo e fazer com que os resultados de colaborações bilaterais gerem mais benefícios às duas nações.
A cooperação trará benefícios recíprocos. A parte alemã também tem um conhecimento claro sobre isso. Antes de viajar para a China, o chanceler alemão publicou artigos em mídias da Alemanha e dos Estados Unidos explicitando que “não queremos nos desacoplar da China”.
Durante sua reunião com o presidente chinês, Scholz reiterou o apoio do país à liberalização do comércio e à globalização econômica, além da oposição ao “desacoplamento”. Ele expressou a vontade de continuar aprofundando a cooperação econômica e comercial com a China e de apoiar o investimento e a colaboração entre empresas dos dois países.
Foi frisado durante o 20º Congresso Nacional do PCCh que a China procurará o próprio desenvolvimento em firme garantia de paz e desenvolvimento mundial. O país também promoverá a paz e o desenvolvimento mundial com o próprio desenvolvimento.
Aproveitando a oportunidade de 50 anos do estabelecimento das relações diplomáticas sino-alemãs, a China está disposta a trabalhar com a Alemanha para seguir a direção correta das relações bilaterais, maximizar os interesses comuns e fomentar as colaborações pragmáticas. Isso beneficiará não apenas os povos dos dois países como também a Europa e o mundo.
Tradução: Paula Chen
Revisão: Patrícia Comunello