Na recente Cúpula de Engenharia Mecânica de Berlim, manter intercâmbios comerciais com a China se tornou uma das pautas mais faladas. O chanceler alemão, Olaf Scholz, reiterou mais uma vez o apoio à globalização, e disse que a Alemanha precisa desenvolver comércio com outros países, incluindo a China. O vice-presidente executivo da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis, também considera que o afastamento da China não é uma opção para as empresas europeias, já que o país oriental é um mercado em crescimento relevante e uma importante fonte de fornecimento.
Sob o crescente risco da recessão econômica mundial no qual alguns países preconizaram o afastamento da China, a voz sensata desses profissionais europeus merece ser ouvida.
Qual é o tamanho do mercado chinês? Ele possui um volume total econômico de 114 trilhões de renminbi e mais de 1,4 bilhão de consumidores, sendo o segundo maior mercado de consumo do mundo. Daqui a menos de um mês, o país realizará a 5ª Feria Internacional de Importação, que contará com a participação de mais de 280 empresas, as quais estão entre as 500 melhores do mundo, e cerca de 90% já participaram do evento pelo menos uma vez.
A posição chinesa na fonte de fornecimento é insubstituível. O país é o único do mundo que possui todos os setores industrias estipulados na Classificação Internacional Normalizada Industrial de Todas as Atividades Econômicas (CINI) da ONU. Nos 500 principais produtos industriais, o país lidera o mundo na produção de mais de 40% desses produtos.
A China mantém por longo tempo boas relações econômicas e comerciais com os países da União Europeia (UE), incluindo a Alemanha, além de ser o maior parceiro comercial da Alemanha por seis anos consecutivos. Nos primeiros oito meses deste ano, o volume comercial entre os dois países registrou um valor de US$ 155 bilhões. No ano passado, a balança comercial entre a China e a UE bateu o recorde de US$ 800 bilhões. A cooperação sino-europeia fornece suporte para o desenvolvimento de ambas as partes.