Comentário: EUA devem mostrar sinceridade em cooperação com países insulares do Pacífico
Fonte: CRI Published: 2022-09-30 22:18:29

Entre os dias 28 e 29 de setembro, a primeira Cúpula dos Estados Unidos e Países Insulares do Pacífico foi realizada em Washington, capital norte-americana. O presidente estadunidense, Joe Biden, afirmou que o evento tem como objetivo aprofundar relações entre os EUA e os países insulares do Pacífico e declarou que iria fornecer uma assistência financeira adicional de mais de US$ 810 milhões aos países envolvidos para reforçar as cooperações em enfrentamento às mudanças climáticas e economia marítima.

De fato, os quatros pontos seguintes são importantes para os EUA se pretendem apoiar verdadeiramente o desenvolvimento dos países da região.

Em primeiro lugar, é necessário pôr em prática as promessas de apoio financeiro. Nos últimos anos, os EUA declararam fornecer grande quantia de verbas ao Oriente Médio, América Latina e Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), porém, mais de um terço da assistência financeira foi engolido pelas diversas instituições de auxílio dos EUA por meio de diferentes razões, e as quantias recebidas pelos países financiados foram muito limitadas.

Segundo, os EUA devem cumprir seus deveres no combate às mudanças climáticas. Nos últimos anos, os países insulares do Pacífico sofreram desastres naturais como tsunami e tufão devido ao aquecimento global, o que representou o maior desafio para seu desenvolvimento.

No entanto, sendo o país mais desenvolvido do mundo, os EUA registraram a maior emissão de gáses do efeito estufa e ainda não implementaram sua própria promessa feita na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas em 2009, a saber, o fornecimento anual de pelo menos US$ 100 bilhões aos países em desenvolvimento antes de 2020 para enfrentar a questão climática.

Terceiro, os EUA devem tomar medidas efetivas na proteção do ambiente marítimo. Embora tenha sido fundado um grupo pequeno chamdo “Parceiros no Pacífico Azul” (PBP, na sigla em inglês) neste ano, os EUA não impediram efetivamente o comportamento do seu parceiro, Japão, de impulsionar insistentemente o plano de depejo de água contaminada nuclear no Oceano Pacífico.

Quarto, os EUA devem tratar os países insulares da região como parceiros, e não como peças de xadrez nas disputas geopolíticas.

Sendo nações de soberania independente, os países insulares do Pacífico não são “o quintal dos fundos” de ninguém. É preciso que os EUA respeitem o direito soberano e a vontade desses países e abandonem os confrontos geopolíticos a pretexto de cooperações.

Tradução: Xie Haitian

Revisão: Erasto Santos Cruz