Na quarta consulta da reunião do Conselho da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) realizada na segunda-feira (12), foi decidido por unanimidade que a cooperação dos EUA, Reino Unido e Austrália em submarinos nucleares seria discutida na forma de uma única questão. Isso significa que a cooperação trilateral nesse aspecto não diz respeito apenas a esses três países, mas deve ser supervisionada conjuntamente por todos os membros da agência.
Em 15 de setembro de 2021, os EUA, o Reino Unido e a Austrália formaram a parceria trilateral de cooperação em segurança Aukus, sob a qual os EUA e o Reino Unido estão apoiando a Austrália na construção de submarinos nucleares.
Esses três países são signatários do Tratado de Não-Proliferação Nuclear e, portanto, devem cumprir suas devidas obrigações. No entanto, ignorando as questões relacionadas à cooperação em submarinos nucelares discutidas pelo Conselho da AIEA, eles tentaram conduzir negociações individuais com o Secretariado da Agência sobre o arranjo de garantia e supervisão dessa cooperação para ocultar suas atividades de proliferação nuclear.
A manipulação dessas três nações já foi frustrada quatro vezes consecutivas na reunião do Conselho da AIEA. Isso mostra que todas as pessoas reconheceram claramente a essência da Aukus de formar um bloco para conduzir confrontos, como na Guerra Fria.
Os EUA, o Reino Unido e a Austrália ainda não responderam às preocupações da comunidade internacional. Está claro para todos o que este “microcírculo anglo-saxão” na região da Ásia-Pacífico quer fazer: copiar as táticas da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) de provocar conflitos e confrontos regionais na Ásia-Pacífico.
As armas nucleares são uma “espada de Dâmocles” sobre a humanidade. O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, alertou que o atual risco de uso de armas nucleares é maior que durante a Guerra Fria. A cooperação trilateral em submarino nuclear EUA-Reino Unido-Austrália não é, de forma alguma, um assunto individual dos três países, nem deve, de forma alguma, ser determinada apenas por eles.
tradução: Shi Liang
revisão: Diego Goulart