Angolanos vão às urnas para eleger presidente do país e deputados da Assembleia Nacional
Fonte: XINHUA Published: 2022-08-25 10:50:49

Os eleitores angolanos vão às assembleias de voto na quarta-feira para eleger o novo presidente do país e os membros da Assembleia Nacional.

De acordo com a Comissão Nacional Eleitoral (CNE), 14,3 milhões de eleitores foram registrados e devem votar naquela eleição mais competitiva desde 1992.

A votação nas mais de 13 mil assembleias de voto do país começou às 7h da manhã (horário local), com o exercício a ser concluído dentro do dia.

Segundo o porta-voz da CNE, Lucas Quilundo, o processo eleitoral está decorrendo sem problemas e todas as assembleias de voto estão operacionais com a votação a decorrer de forma ordenada e sem registo de incidentes de qualquer tipo até ao momento.

No centro de Luanda, a capital de Angola, o trânsito nas estradas é visivelmente suave no dia das eleições, pois os eleitores fazem fila pacientemente pela sua vez de votar.

Na assembleia de voto da Escola TiTi Helena, localizada em Viana, uma cidade movimentada a cerca de uma hora de carro desde o centro de Luanda, os eleitores são vistos em longas filas esperando pacientemente para votar. Entretanto, os funcionários temporários que trabalham para a CNE estão a ajudar a orientar os eleitores e a verificar as suas credenciais. Alguns policiais também estão no local.

A mídia local informou que a Polícia Nacional de Angola mobilizou mais de 80 mil agentes de segurança para manter a ordem durante o período eleitoral.

Observadores eleitorais de organizações como a União Africana, a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral, a União Europeia e a Organização da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa foram convidados e destacados para acompanhar as eleições gerais de Angola.

Este ano, sete partidos políticos e uma coligação disputam as eleições por 220 lugares na Assembleia Nacional. Dos 220 assentos, 130 são eleitos pelas listas nacionais dos partidos, e os restantes 90 são eleitos com base nas listas provinciais, sendo que cada uma das 18 províncias do país elege cinco deputados.

(Fonte: CMG)

O atual presidente João Lourenço, do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), que busca um segundo mandato, enfrentará principalmente um desafio de Adalberto Costa Júnior, líder da maior oposição do país, a União Nacional para o Total Independência de Angola (UNITA). O MPLA havia vencido todas as eleições anteriores realizadas em 1992, 2008, 2012 e 2017.

O líder do MPLA, João Lourenço, votou quarta-feira na Assembleia de Voto 105, no distrito urbano da Ingombota, na baixa de Luanda, enquanto o líder da UNITA votou na Assembleia de Voto 805, localizada no distrito urbano da capital Nova Vida.

A eleição deste ano também contará com a participação de eleitores estrangeiros, com cerca de 22.560 cidadãos esperados para votar no exterior.

A eleição geral de 2022 foi considerada a mais competitiva porque muitos eleitores que votarão pela primeira vez nasceram em um período pós-conflito. Observadores dizem que esta é também a primeira vez que o maior partido da oposição, UNITA, vê boas chances nas eleições porque a maioria dos jovens pede por mudanças, pois eles desejam mais oportunidades de emprego e melhoria das suas condições de vida.

O presidente não é eleito diretamente. De acordo com a constituição angolana, o principal candidato de um partido político que obtenha mais votos é eleito presidente.

O presidente é eleito para o mesmo mandato que os membros da Assembleia Nacional e pode cumprir um máximo de dois mandatos. Cada partido participante nomeia um candidato presidencial no topo de sua lista, que deve ser claramente identificado no boletim de voto.

Angola tem uma população estimada em 33,93 milhões, segundo dados do Banco Mundial. O país rico em petróleo ultrapassou a Nigéria como o maior produtor de petróleo da África Subsaariana de maio a julho deste ano, segundo dados da Organização dos Países Exportadores de Petróleo. 

(Fonte: CMG)