Recentemente a Embaixada do Reino Unido na Argentina lançou um concurso de vídeos curtos para os universitários argentinos, dizendo que os vencedores podem viajar gratuitamente às Ilhas Malvinas por uma semana. Sobre o assunto, o Ministério das Relações Exteriores da Argentina publicou uma nota para expressar sua firme oposição, acrescentando que o ato do Reino Unido tem como objetivo mostrar a real "ocupação" das Ilhas Malvinas pelos britânicos, e exigindo que o país respeite as resoluções das Nações Unidas sobre a questão e inicie o diálogo.
A parte britânica alegou que o objetivo do planejamento do concurso era permitir que os estudantes universitários possam entender a história e a cultura das Malvinas.
Do ponto de vista histórico, a essência dessa questão é o legado do colonialismo. Em 1816, a Argentina herdou a soberania sobre as Ilhas Malvinas quando se tornou independente do domínio colonial espanhol. Mas quando os britânicos expandiram colonialmente na América do Sul, ocuparam as Ilhas Malvinas à força em 1833. Em 1965, a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou a Resolução No. 2065, que incluiu a questão das Malvinas na categoria de "descolonização" e instou a Grã-Bretanha e a Argentina a resolverem as disputas por meio de negociações.
Em 1982, eclodiu uma guerra entre a Argentina e o Reino Unido pela soberania das Malvinas, que durou 74 dias, e o Reino Unido venceu. Mas a Argentina nunca desistiu de sua reivindicação. O Comitê Especial das Nações Unidas para a Descolonização emitiu mais de 30 resoluções incentivando o governo britânico a negociar com a Argentina. O lado argentino também enviou muitos convites, mas todos foram rejeitados pelo Reino Unido.
Em março de 2016, a Comissão sobre os Limites da Plataforma Continental das Nações Unidas determinou que as Malvinas estão localizadas nas águas territoriais da Argentina. Na América Latina e no Caribe, quase todos os países apoiam a posição da Argentina na questão das Malvinas. A China também apoia firmemente a reivindicação legítima do país sul-americano.
Essas vozes justas são baseadas na justiça internacional da questão das Malvinas, que reflete o respeito e a defesa das resoluções das Nações Unidas, e também expressa a aspiração comum da comunidade internacional contra o colonialismo. Os políticos britânicos precisam ver claramente que o colonialismo e o hegemonismo não têm mercado hoje. Eles devem cumprir as resoluções da ONU, negociar com a Argentina sobre a questão das Malvinas o mais rápido possível e devolver o território ao país sul-americano!
Tradução: Xia Ren
Revisão: Diego Goulart