por Silvia Zhu
A cerimônia de abertura do evento estava marcada para às 15h do domingo no Centro de Ciência de Macau, um edifício com uma arquitetura nova beirando o mar, lugar privilegiado na cidade.
Depois dos discursos de boas-vindas, a corte de fita inaugurou oficialmente a abertura. Para alegrar o ambiente, começou a dança de dragão, acrobacias e tradições folclóricas que só vi na minha infância, mas que se preservam em Macau. O pico mais alto da apresentação foi quando os convidados pintaram olhos do leão. Aqueles que apresentam a dança do leão estendem a cabeça do animal para que os convidado possam pintar os olhos com cor vermelha, considerado um bom sinal de um começo.
O primeiro colóquio do festival foi um debate sobre o impacto da globalização à literatura. Entre os palestrantes, estava o famoso escritor chinês Bi Feiyu, cujos livros já foram traduzidos em mais de vinte línguas, o poeta chinês, Yi Sha, a escritora portuguesa, Dulce Maria Cardoso, o escritor angolano, José Eduardo Agualusa e o brasileiro, Mauro Munhoz, bem como autor do Timor Leste, Luís Cardoso, além de jovem escritor de Macau, Lei Chi Pan. A globalização não é medrosa nem é um animal perigoso, tal como disse a escritora portuguesa e as experiências timorenses podem servir de um exemplo para o povo do mundo, afirmou o escritor. O que é preciso fazer é lutar e nunca deixar que a nossa cultura seja invadida por outros. Quando perguntado sobre o que é a cultura chinesa, a resposta do Bi Feiyu é: a língua chinesa. Concordo com ele. A língua revela nossos costumes e trata-se de um dicionário vivo da nossa cultura. Nenhuma cultura é cem por cento pura. Ao invés disso, ela absorve outras culturas no processo da formação.
![]() |
© China Radio International.CRI. All Rights Reserved. 16A Shijingshan Road, Beijing, China. 100040 |